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Perícias feitas pela Polícia Federal indicam que a suposta escuta clandestina nos telefones do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, não partiram das centrais da Brasil Telecom e da Vivo, empresas que mantém as redes de telefonia fixa e móvel da Corte. Laudo anterior já descartou a possibilidade do monitoramento a partir de equipamentos da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

Peritos do Instituto Nacional de Criminalística (INC) fizeram análises das centrais telefônicas da Vivo e da Brasil Telecom na sexta-feira. Segundo um dos investigadores do caso, não foram encontrados indícios de escuta ilegal dos telefones do STF ou de Gilmar Mendes.

O INC está fazendo análise dos 10 rádio-bases, as chamadas maletas de grampo, da PF. Mas a perícia é uma mera formalidade. O diretor de Inteligência da PF, Daniel Lorenz, disse em depoimento à CPI dos Grampos, semana passada, que os equipamentos nunca foram usados pelo delegado Protógenes Queiroz, que estava à frente da Operação Satiagraha.

O Ministério Público Federal e a própria PF ainda investigam a possibilidade do suposto grampo ter sido feito na central de telefonia do Senado. A investigação surgiu a partir da divulgação de trechos de uma conversa entre Gilmar Mendes e o senador Demóstenes Torres (DEM-GO). Mas a perícia realizada pela PF nos equipamentos do Senado também não foram conclusivas. Pela análise, não é possível afirmar se o suposto grampo partiu ou não do Senado.

Com o resultado dessas análises, a cúpula da PF já admite a possibilidade do inquérito sobre o grampo acabar sem apontar autoria ou mesmo a existência das escutas clandestinas.

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