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O delegado Rubens Maleiner, da Coordenação de Aviação Operacional da Polícia Federal, está ouvindo nesta quinta-feira os três controladores de vôo que estavam de plantão em Brasília no momento da colisão entre o Boeing 737-800 da Gol e o jato Legacy da empresa americana ExcelAire, que matou 154 pessoas. Estão sendo ouvidos o supervisor, o controlador e o assistente do controlador que monitorava o Legacy. Eles são os últimos dos 13 que estão sendo ouvidos pela PF, que já tomou o depoimento dos outros dez.

Na segunda-feira, o delegado ouviu quatro controladores, três deles de São José dos Campos, na terça, três de Brasília, e na quarta, mais três de Brasília. Maleiner está tomando os depoimentos em ordem cronológica. Ou seja, primeiro foram ouvidos os controladores que estavam de plantão no momento da decolagem do jato Legacy, em São José dos Campos, e, por último, os que trabalhavam no momento da colisão. O objetivo é reconstituir toda a cadeia de eventos para facilitar a identificação das falhas que levaram ao acidente.

O advogado Normando Augusto, que representa os 13 controladores de vôo disse nesta quarta-feira que é uma unanimidade entre os controladores que estão sendo ouvidos pela Polícia Federal de que existe uma zona cega, uma área de difícil comunicação, na região do acidente, ao contrário do que diz a Aeronáutica desde o desastre.

Normando disse que os controladores não erraram e apontou duas hipóteses para o acidente: indução ao erro por problema do sistema de comunicação e falha dos pilotos do Legacy. Segundo ele, os controladores fizeram o que era para ser feito. Ainda de acordo com ele, os controladores ficaram magoados com as declarações do comandante da Aeronáutica, brigadeiro Luiz Carlos da Silva Bueno, em audiência no Senado, de que poderia ter havido falha dos controladores.

- Foram declarações sem pontos específicos. Foi uma falta de bom senso dizer que os controladores têm culpa - disse Normando Augusto.

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