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A Polícia Federal pediu, pela quarta vez, a prorrogação do inquérito que investiga susposta prática de tráfico de influência na Casa Civil da durante a gestão da ex-ministra Erenice Guerra. O pedido foi feito ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região no início da noite desta segunda-feira (14).

O inquérito foi instalado em setembro do ano passado. Outros três pedidos de prorrogação já tinham sido feitos, em outubro e novembro de 2010 e em janeiro deste ano.

A ex-ministra é investigada por supostamente participar de um esquema para beneficiar empresas privadas que teriam contratos com a Capital Assessoria e Consultoria, empresa na qual atuavam seus dois filhos. A ministra sempre negou envolvimento com o caso, mas acabou deixando o governo por conta do escândalo.

Segundo a assessoria da PF, o novo pedido de prorrogação se deve à necessidade de tomada de depoimentos pendentes e de perícias. A assessoria não informou que tipo de perícia falta ser realizada e quantos e quais depoimentos ainda devem ser tomados.

Uma das hipóteses sobre a perícia é a análise de dados dos computadores da Casa Civil, entre eles o que era usado pela ministra. O advogado de Erenice, Sebastião Tojal, disse que nunca teve acesso a relatórios sobre o conteúdo dos arquivos nos computadores, o que poderia significar que a perícia nas máquinas ainda não foi realizada.

Desde que o inquérito foi instalado, em 14 de setembro do ano passado – dois dias antes de Erenice pedir demissão da Casa Civil –, os agentes federais já haviam interrogado cerca de 30 envolvidos nas denúncias de tráfico de influência.

Erenice foi secretária-executiva da Casa Civil e braço direito da então ministra Dilma Rousseff. Com a saída de Dilma para disputar a Presidência, ela assumiu o comando da Casa Civil.

Sem punição

A comissão de sindicância interna instalada na Casa Civil em 18 de outubro do ano passado para apurar denúncias de supostos atos de tráfico de influência durante a gestão da ex-ministra Erenice Guerra chegou ao fim sem sugerir punição a ex-servidores.

Com base no relatório final, a comissão de sindicância interna propôs a abertura de um processo administrativo para investigar um convênio da pasta firmado em fevereiro de 2005 com uma empresa de telecomunicações. Segundo a assessoria da Casa Civil, a comissão não encontrou o documento original do convênio.

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