Agentes da Polícia Federal (PF) recolheram 12 volumes entre maletas de equipamentos e malotes do Senado| Foto: José Cruz/Agência Brasil

Os agentes da Polícia do Senado Antônio Tavares, Everton Taborda e Geraldo Cesar de Deus Oliveira, presos nesta sexta-feira (21) por suposta tentativa de atrapalhar a Operação Lava Jato, tiveram a prisão relaxada, segundo informou a Polícia Federal neste sábado (22). Dos quatro presos na chamada Operação Métis, o único que permanece detido é o diretor da Polícia do Senado, Pedro Ricardo Araújo Carvalho, chefe dos outros três policiais.

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‘Fatos são gravíssimos’, diz juiz que mandou prender policiais do Senado

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Eles foram soltos depois de prestarem depoimentos. Os quatro são acusados de fazer varreduras fora das dependências do Senado para proteger senadores e ex-senadores contra o avanço da Lava Jato. Entre os beneficiários dos serviços estão o ex-presidente da República José Sarney, o senador Fernando Collor (PTC-AL), a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) e o ex-senador Edson Lobão Filho (PMDB-MA).

Os policiais são acusados também de tentar barrar uma busca e apreensão de documentos na residência de Collor determinada pelo ministro Teori Zavascki, relator da Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal (STF). A Polícia Federal investiga ainda se a Polícia do Senado tem e fez uso indevido de escutas telefônicas. As suspeitas sobre espionagem foram reforçadas depois do vazamento de dados sigilosos da investigação.

Por causa do vazamento, a operação teve que ser antecipada para esta sexta-feira. Pelo cronograma original, a Polícia Federal pretendia esperar mais alguns dias para pedir a prisão dos policiais do Senado. O agente Antônio Taves foi solto horas depois de ser preso. Ele foi liberado logo depois de prestar depoimento de aproximadamente três horas. Segundo o advogado Ivan Morais, o cliente nada fez de irregular.

“A varredura está dentro do que prevê a legislação.Tudo que ele fez ou deixou de fazer está dentro das competências legais”, disse Morais.