A Polícia Federal (PF) tenta há sete meses um acordo para ouvir o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como testemunha no inquérito que investiga supostos repasses ilegais da Portugal Telecom para o PT. A investigação foi aberta a pedido do Ministério Público Federal com base em denúncia do operador do mensalão, Marcos Valério Fernandes de Souza, que, em depoimento prestado à Procuradoria-Geral da República em 2012, acusou Lula de intermediar pagamento de R$ 7 milhões da telefônica ao partido. O objetivo seria pagar dívidas de campanha.
O depoimento de Lula, porém, está descartado pelo menos até a eleição, afirmou ontem o diretor do Instituto Lula, Paulo Okamotto. "Depois da eleição, talvez", disse o assessor do ex-presidente durante ato político em favor do candidato do PT ao governo de São Paulo, Alexandre Padilha.
No mesmo evento, Lula reagiu com ironia ao ser questionado por uma repórter quando iria prestar esclarecimento à PF. "Só se você me convidar", disse. Como ex-presidente, Lula tem prerrogativa de negociar quando será ouvido pelos policiais.
A PF espera ouvir o ex-presidente para concluir o inquérito, cujo prazo inicial foi estendido algumas vezes.
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