Com a saída de sete deputados e de um senador do partido, o PFL decidiu colocar em prática a decisão - tomada em 2005 - de cobrar uma multa dos parlamentares que deixarem a sigla. A multa, prevista do Estatudo do partido, chega a R$ 51,3 mil, porque é equivalente ao valor de quatro salários dos parlamentares, que ganham cerca de R$ 12,8 mil. O vice-líder do PFL na Câmara, deputado Rodrigo Maia (RJ), confirmou que o partido resolver tomar essa atitude.
Segundo Rodrigo Maia, a multa está prevista no artigo 100 do Estatuto e, em 2005, a Executiva estabeleceu o seu valor. O PFL consultou juristas e ministros dos Tribunais, que teria considerada legal a medida do partido para punir a infidelidade partidária. Na quinta-feira, a Executiva se reuniu e decidiu implantar a medida.
Nesta sexta, segundo a assessoria jurídica do partido, começaram a ser notificados sete deputados e ainda a senadora Roseana Sarney (MA). Na Mesa da Câmara, quatro deputados comunicaram sua saída do partido.
O presidente nacional do PFL, Jorge Bornhausen, disse que a multa é legal porque está prevista no Estatuto. A assessoria jurídica diz que os parlamentares têm 15 dias para depositar o dinheiro e podem até sofrer ação judicial se não o fizerem.
-
Congresso impõe derrotas ao governo, dá recado ao STF e reafirma sua autonomia
-
Humilhação e traições: derrota histórica de Lula no Congresso; acompanhe o Sem Rodeios
-
Governo Lula tem pior nível de aprovação desde o início do mandato, aponta pesquisa
-
É difícil fazer negócios aqui: ranking põe Brasil entre as economias mais complexas do mundo