PFL decide lançar Agripino Maia como candidato a presidente do Senado

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A bancada do PFL, com os novos e atuais senadores, decidiu nesta terça-feira, por unanimidade, lançar a candidatura de José Agripino Maia (RN) para a presidência do Senado. O argumento dos pefelistas é que, de acordo com o parágrafo 1 do artigo 78 do regimento interno, o partido teria direito de fazer a indicação. O texto diz que, para fim de proporcionalidade, vale a bancada registrada na diplomação. Por essa regra, a bancada pefelista no Senado seria a maior, com 20 parlamentares, contando, inclusive com Leomar Quintanilha (TO), João Ribeiro (TO) e Roseana Sarney (MA), diplomados em 2002 pelo PFL, e hoje egressos do partido.

O pré-candidato, Agripino Maia, disse que agora irá procurar o apoio do PSDB para a empreitada:

- O próximo passo será consultar os aliados, como o PSDB. Temos amparo legal para reivindicar a presidência do Senado. Agora temos de construir a perspectiva de vitória. Se o PSDB priorizar a disputa pela presidência do Senado, minha candidatura estará consolidada e passará a existir oficialmente.

O presidente do partido, Jorge Bornhausen, que anunciou a decisão do PFL, negou a possibilidade de a candidatura à presidência causar um desgaste para o partido, já que Agripino Maia teria dificuldades em vencer o pleito.

- Não acho desgaste para partido ter candidato. Risco de vitória e de derrota é natural em qualquer eleição.

O favorito na disputa, o atual presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), que quer a reeleição, disse que se tiver disputa, não haverá acordo para os demais cargos da Mesa do Senado. Agripino Maia, por outro lado, manifestou disposição em buscar um consenso na escolha desses nomes.

- Independentemente de haver disputa, estou disposto a negociar com os demais partidos uma composição consensual para os demais cargos da Casa.

Toda a bancada do partido estava presente à reunião, com exceção dos senadores César Borges (BA), Romeu Tuma (SP) e Edison Lobão (MA).