Eduardo Cunha deve passar a ter maioria no processo que pede a cassação do mandato dele.| Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O deputado Fausto Pinato (PP-SP) renunciou ao Conselho de Ética da Câmara nesta quarta-feira (13). Com a decisão, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), deve passar a ter maioria no colegiado.

CARREGANDO :)

Pinato foi o primeiro relator do caso, sendo destituído em manobra de aliados de Cunha, e votou pela admissibilidade do processo.

Veja também
  • Não é “tapetão” recorrer ao STF contra impeachment, diz Cardozo
  • CCJ do Senado deve votar fim da reeleição nesta quarta-feira (13)
  • Tribunal derruba liminar e Aragão volta a ser ministro da Justiça
Publicidade

Pinato justificou a renúncia pelo fato de ter saído do PRB e ido para o PP no mês passado. Ele argumentou que estava no Conselho por indicação de seu partido anterior e por isso não poderia mais continuar.

“Quando eu fui para o PP, três deputados do PRB vieram conversar comigo querendo ocupar a vaga. Acho que não seria elegante permanecer com o cargo tendo saído numa boa do partido. Então, entreguei hoje minha carta de renúncia.”

Os três deputados do PRB que o procuraram foram Tia Eron (BA), Marcelo Squassoni (SP) e Vinicius Carvalho (SP). Pinato afirma que sua renúncia não beneficia Cunha diretamente porque os principais líderes do PRB, como Celso Russomano (SP) e Marcelo Crivella (RJ), disputarão eleições esse ano e terão de dar satisfações sobre o nome que vier a ser escolhido para a vaga no Conselho.

Pinato afirmou ser natural que após o processo de impeachment Cunha se torne o próximo alvo, o que dificultaria uma decisão do PRB para salvá-lo.