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A represa da Hidrelétrica de Lajeado tem mais de 170 quilômetros de extensão. O lago se transformou em um dos principais pontos turísticos do Tocantins. Sete cidades ganharam praias artificiais e milhares de visitantes. Mas, em Palmas, a diversão está ameaçada: moradores e turistas têm evitado entrar na água por causa dos ataques de piranhas.

Os especialistas dizem que o problema foi o lugar escolhido para a formação das praias artificiais de Palmas. Os balneários ocuparam o habitat natural das piranhas, que permaneceram na região, mesmo com a presença dos banhistas.

Agora, a freqüência de ataques aumentou. Neste ano, pelo menos 180 pessoas já saíram feridas da água depois de um mergulho, segundo o Corpo de Bombeiros.

A Prefeitura da Capital tomou uma medida drástica para combater o problema: está isolando a área de banho para evitar a passagem dos peixes. Ao todo, 260 metros de tela vão ficar submersos. Depois, os técnicos devem fazer uma espécie de varredura atrás das espécies que driblarem a vigilância. A previsão é de que o serviço termine esta semana.

O biólogo Carlos Sérgio Augustinho, da Universidade Federal do Tocantins, porém, não é tão otimista. Ele diz que os ataques só vão acabar se o monitoramento e a limpeza de uma alga, conhecida como macrófita, forem feitos sem interrupção na área de banho. "O combate às piranhas com a retirada das macrófitas ou com a colocação de telas tem que ser monitorado para a gente aprender se o processo foi eficiente ou não e o que deve ser feito de diferente da próxima vez", afirma Augustinho.

Para não deixar de freqüentar as praias, muitos visitantes acabam ficando só na areia apreciando a paisagem, sem correr riscos.

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