Senado está em sessão desde o dia 25 de agosto, para o julgamento do impeachment da presidente Dilma Rousseff| Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

O placar do impeachment apontou, no final da tarde desta terça-feira (30), 55 votos favoráveis ao afastamento definitivo da presidente Dilma Rousseff (PT). A votação derradeira deve acontecer nesta quarta-feira (31), segundo previsão do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, que preside os trabalhos do julgamento no Senado.

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O resultado veio após a definição da bancada do Maranhão na casa, que decidiu que iria votar em bloco. Desta forma, Edison Lobão (PMDB), João Alberto Souza (PMDB) e Roberto Rocha (PSB) firmaram voto a favor do afastamento definitivo da presidente.

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Apesar dos 55 votos já declarados, apoiadores do impeachment calculam ter 58 votos pelo afastamento definitivo de Dilma Rousseff. Acreditam que, até quarta, quando ocorrerá a votação, que será nominal, aberta, no painel eletrônico, podem contabilizar apoio de até 61 senadores.

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, afirmou nesta manhã que a votação final do impeachment deve ocorrer somente na quarta-feira. Isso porque ele pretende separar a fase desta terça, quando ocorrem os discursos dos senadores, da última etapa do julgamento, que é a votação em si.

O adiamento afeta os planos do presidente interino, Michel Temer, que pretende ir nesta semana à China para participar do encontro do G20. Caso seja efetivado no cargo, esta será a primeira viagem internacional dele como presidente da República. Seu governo mobilizou a base aliada para tentar antecipar a conclusão para o final da noite desta terça.

A defesa de Dilma já preparou ações para recorrer do impeachment no STF, caso seja cassada.