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Ideli Salvatti, ministra das Relações Institucionais | Antônio Cruz/ABr
Ideli Salvatti, ministra das Relações Institucionais| Foto: Antônio Cruz/ABr

Em acordo costurado pelo vice-presidente Michel Temer (PMDB), o Palácio do Planalto decidiu ontem apoiar proposta que tramita no Congresso que destina 15% da receita líquida da União para a saúde. Os novos recursos, que gerariam gasto aproximado de cerca de R$ 40 bilhões a mais para o setor, devem ser em sua maior parte bancados com verba federal.

Trata-se de uma alternativa ao projeto de iniciativa popular, apresentado ao Congresso, de destinar 10% da receita bruta da União para o setor. A proposta era tida pelo Palácio do Planalto como impagável, além de oferecer riscos, do ponto de vista jurídico, por ter vinculações estabelecidas constitucionalmente.

A saída agora prevê o investimento de 15% da receita corrente líquida, progressivamente, até 2018. A progressão ainda está sendo fechada pelo governo com o Ministério do Planejamento e deve ser apresentada hoje pelo senador Eduardo Braga (PMDB-AM).

Parte dessa conta seria custeada com o empenho de 50% das emendas parlamentares – a partir de alterações na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Orçamento Impositivo –, recursos dos royalties do petróleo, além de incluir gastos com farmácia popular. As despesas com pessoal ficariam de fora. Caberá a Braga, que é relator da proposta das emendas impositivas, alterar o texto e vincular 50% delas à saúde, conforme a vontade do Planalto.

Segundo as contas do governo, com as mudanças, o orçamento da saúde para 2014 cresceria de R$ 90 bilhões para R$ 97 bilhões, dos quais R$ 3,8 bilhões seriam custeados pelas emendas parlamentares e royalties do petróleo. O restante (R$ 3,2 bilhões) seria bancado pela União. A ideia é chegar em 2018 com a destinação de R$ 147 bilhões para a saúde.

Questionada pela reportagem se o governo teria margem orçamentária para bancar a iniciativa, a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, respondeu: "Estamos trabalhando com um espaçamento, um prazo para implementar. De imediato, seria impossível. Agora, será progressivo".

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