Com menos de uma semana da publicação, o governo Michel Temer admite reavaliar o seu primeiro ato formal: a Medida Provisória (MP) 726, que corta e reorganiza os ministérios. A republicação da MP já está em análise jurídica pelo governo, segundo Gleisson Cardoso Rubin, secretário de gestão do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.
“Nós temos ainda a análise na (área) jurídica, então não tenho como te dizer quando e como. Tem algumas necessidades de ajustes pontuais, então isso está sendo visto. Seriam ajustes pontuais, nada que altere a quantidade de ministérios ou o papel deles”, disse Rubin.
- Temer abriga aliados de Cunha no Planalto
- Logo ‘inacabada’ do governo Temer custaria R$ 100 mil, estima criador da marca
- Marco Aurélio libera ação de impeachment de Temer para julgamento no STF
A redefinição dos ministérios e a mudança de responsabilidades pelo governo Temer gerou críticas sociais e entre os próprios apoiadores e ocupantes dos novos cargos.
Segundo Rubin, a redistribuição do Ministério da Cultura, inicialmente unido ao Ministério da Educação mas tirado de lá após uma intensa manifestação social e cultural, exige uma mudança normativa. No fim de semana, Temer havia indicado que a Cultura passaria a ser uma secretaria ligada diretamente à presidência, mas essa definição ainda não foi formalizada e pode ser mudada. “Mesmo um reajuste pontual como esse tem de ser refletido na MP”, disse Rubin.
A redistribuição de funções entre os ministérios também leva o governo a fazer essa revisão. O ministro da Indústria, Comércio e Serviços, Marcos Pereira, por exemplo, vem travando uma disputa interna, principalmente com o ministro do Planejamento, Romero Jucá, para trazer de volta à sua pasta a responsabilidade pelo comércio exterior.
Pereira disse na manhã desta terça-feira (17) esperar que a republicação da Medida Provisória 726 traga de volta essa responsabilidade ao seu ministério. O texto da MP 726 também trouxe alguns erros formais, que podem ser revistos na republicação.
-
Censura clandestina praticada pelo TSE, se confirmada, é motivo para impeachment
-
“Ações censórias e abusivas da Suprema Corte devem chegar ao conhecimento da sociedade”, defendem especialistas
-
Elon Musk diz que Alexandre de Moraes interferiu nas eleições; acompanhe o Sem Rodeios
-
“Para Lula, indígena só serve se estiver segregado e isolado”, dispara deputada Silvia Waiãpi