Sérgio Etchegoyen: se os investigadores pedem, não há imagens| Foto: Divulgação

O ministro do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência, general Sérgio Etchegoyen, disse que o Palácio do Planalto está sem câmeras de segurança desde 2009, quando os equipamentos foram retirados durante reforma feita no prédio pelo governo do ex-presidente Lula. Ele disse acreditar que a medida foi tomada para evitar registros do que ocorria na sede da Presidência da República, o que poderia caracterizar obstrução da Justiça.

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Segundo as declarações de Etchegoyen, dadas em entrevista à revista Veja, o Palácio vem negando pedidos da Justiça para ter acesso a imagens, no âmbito de investigações contra corrupção, porque não havia qualquer câmera nos últimos anos. O general, que está à frente da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), disse que “o Palácio passou anos em que, convenientemente, não se registrou nada”.

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Descontrole

Etchegoyen afirmou que houve uma tentativa de reinstalar os equipamentos de segurança, mas “impediram” que o serviço fosse feito. Questionado especificamente sobre pedido do Ministério Público de acesso a imagens, na investigação que apura se a ex-presidente Dilma Rousseff tentou obstruir a Justiça em reuniões no Planalto, o general foi categórico: “não tem imagem”. Ele disse que “a situação era descontrole”, ao se referir ao período em que as câmeras foram retiradas.

O general informou que uma nova licitação está sendo feita para adquirir câmeras de segurança para o Palácio do Planalto.

Dilma nega falta de iniciativa para reinstalação de câmeras no Planalto

Estadão Conteúdo

A assessoria de imprensa da ex-presidente Dilma Rousseff nega que nenhuma iniciativa para a reinstalação dos equipamentos de segurança tenha sido tomada. Em 2012, segundo a equipe de Dilma, o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) abriu licitação para um novo sistema de segurança, mas em 2014 a disputa foi anulada “por considerar que alguns itens de fornecimento estavam acima do preço de mercado”. Após essa decisão, nova licitação foi aberta pela presidência que segue até o momento. A Veja ressaltou que, no inquérito que apura se a ex-presidente Dilma Rousseff agiu no Planalto para obstruir a Lava Jato, a Procuradoria pediu as imagens.