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O governo federal fracassou ontem na sua estratégia de en­­cerrar o prazo de dez sessões para iniciar a votação do mérito, na comissão especial da Câ­­­mara dos Deputados, da proposta de prorrogação da Desvin­­­cu­­­la­­­ção das Receitas da União (DRU) até dezembro de 2015. Os líderes governistas não conseguiram garantir o quórum mí­­­nimo de 51 deputados para abrir a sessão e contar o prazo.

A base aliada não está empenhada na discussão e aprovação da DRU. A proposta é um mecanismo que permite ao governo mexer livremente em 20% de suas receitas, e que em 2012 significará R$ 62,4 bi­­­lhões. Um dos motivos é a de­­­mora na liberação de emendas. Faltaram dois deputados para preencher o quórum, por volta das 14h30. Chegou a faltar apenas um, mas a sessão já estava suspensa.

O cochilo pode custar o atraso de uma semana para a votação final na Casa, num cronograma já apertado que ainda depende de votação no Senado. Além disso, os parlamentares que querem apresentar emendas à proposta ganharam mais um dia, até as 19 horas de hoje, o que só aumenta a preocupação do Planalto.

Integrantes do DEM e até do PMDB já teriam ontem conseguido assinaturas propondo que a DRU tivesse validade apenas em 2012; outra propondo até 2013; e ainda uma terceira reduzindo progressivamente o porcentual de 20% até 5%, em 2015. O maior temor do governo é com uma emenda articulada pelo PCdoB, que destina parte da DRU para a saúde. Mas ontem nenhuma emenda ainda havia sido oficializada.

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