Somente depois do segundo turno das eleições municipais o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deverá convocar o Conselho Defesa Nacional para apresentar o Plano Estratégico Nacional de Defesa, elaborado no último ano, sob a responsabilidade dos ministros da Defesa, Nelson Jobim, e da Secretaria de Assuntos Estratégicos, Roberto Mangabeira Unger
A reunião foi previamente marcada para o dia três de novembro, mas não confirmada, já que o documento sofrerá algumas adaptações em sua forma. A proposta apresentada nesta quinta-feira (9) ao presidente Lula, ao vice-presidente José Alencar e mais seis ministros, é a 23ª edição do plano, que tem mais de cem páginas e agora omitiu um dado que estava sendo comemorado pela área militar: um aumento do orçamento das Três Forças de 1,5% para 2,5% do PIB. A última versão falava apenas em necessidade de aumento do orçamento, sem precisar qual seria este volume de investimentos.
O governo está ciente que sofrerá críticas e pressões com a elaboração do plano principalmente porque ele privilegia a indústria nacional. O ministro da Defesa, Nelson Jobim, chegou a alertar os empresários da indústria brasileira de defesa que o País deverá enfrentar uma ofensiva subterrânea dos concorrentes estrangeiros contra os benefícios à indústria nacional do setor, previstos na Estratégia Nacional de Defesa. Entre os artifícios a serem usados pelos adversários, na previsão do ministro, estarão alianças de grupos estrangeiros com segmentos pacifistas brasileiros, em prol de um suposto discurso antibelicista.
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