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 | Luiz Alves/Câmara dos Deputados
| Foto: Luiz Alves/Câmara dos Deputados

O líder do PMDB, deputado Leonardo Picciani (RJ), disse na noite de terça-feira que o partido não irá mais votar as medidas do ajuste fiscal sem compreender melhor a posição do PT sobre o texto. A fala de Picciani foi feita depois que parlamentares do PMDB o procuraram por terem ficado “desconfortáveis” em apoiar a medida após a propaganda partidária do PT na noite desta terça-feira

“Não votaremos a MP 665 amanhã, não mais, até que o PT nos explique o que quer. Se for o caso, feche questão para votação das matérias do ajuste fiscal. Se não for assim, não contem conosco. Se há dúvidas e se o País não precisa desse remédio amargo, não vamos empurrar essa conta no trabalhador”, disse.

Em vídeo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que a proposta para regulamentar a terceirização (PL 4330/04), aprovada pela Câmara em 22 de março, seria um retrocesso para o trabalhador brasileiro.

Para o deputado Domingos Sávio (PSDB-MG), o PMDB ajudou a “desmascarar” o PT, que bancaria o “santo do pau oco” ao trair os trabalhadores.

O líder do governo, deputado José Guimarães (PT-CE), procurou esfriar os ânimos e pediu mais diálogo com o principal aliado da base governista.

“O governo tem absoluta convicção de que o ajuste é necessário e vamos votar para aprová-lo. Os partidos da base têm responsabilidade sobre isso, mas, principalmente, o PT e o PMDB precisam compreender a necessidade desse ajuste, não para o governo, para o País”, afirma.

Guimarães reconheceu que é necessário discutir os problemas apontados pelo PMDB na medida provisória.

“Daqui para amanhã é evidente que vamos conversar muito. Aprendi uma coisa na política: que é preciso calma, tranquilidade e diálogo”.

Ele também disse que o PT pode fazer as considerações que quiser sobre o projeto de terceirização.

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