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Maioria das filiações foi feita antes

A decisão do STF que garantiu o mandato parlamentar aos partidos não modificou substancialmente as filiações de pré-candidatos no Paraná. O prazo para as filiações para quem pretende disputar as eleições do próximo ano terminou na sexta-feira, mas a maior parte delas já havia sido feita antes da decisão do Supremo.

Os diretórios estaduais ainda não fecharam o quadro completo de novas filiações, mas poucos detentores de mandato que estavam esperando a decisão do STF arriscaram mudar de partido no último dia do prazo. No DEM, a principal aquisição foi vereadora Julieta Reis, eleita pelo partido (antigo PFL), mas que no meio do mandato foi para o PSB. De acordo com o presidente do diretório estadual, Abelardo Lupion, o partido aceitou poucos parlamentares que haviam saído da legenda. "Tivemos critérios para aceitar de volta. Só aceitamos aquelas pessoas que sabemos que têm fidelidade às nossas posições."

O PT filiou na últimas semana o prefeito de Santa Inês, Clodoaldo Alves de Oliveira, e de Umuarama, Luiz Renato. Os dois vão partir para a reeleição. O PMDB, que filiou recentemente o ex-prefeito de Maringá Ivo Callefi, na última semana também recebeu em seus quadros a mulher do deputado Luiz Nishimori, Akemi, que deve ser candidata a vereadora. Em Curitiba, o partido fez na sexta-feira a filiação do Tadeu do Pierogi e Julio Ando, ex-vereador. Os dois são pré-candidatos a vereador. O PDT tem 80 pré-candidatos filiados na capital. Desses, 50 são novos. "Poucos saíram, mas recebemos muita gente", disse o presidente do diretório municipal, Jorge Bernardi. (DN)

O PMDB do Paraná decidiu ontem, em reunião da executiva estadual, que é competência das direções nacional e municipais do partido decidir sobre possíveis processos judiciais para pedir a devolução do mandato de parlamentares que deixaram a legenda depois de 27 de março, data definida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) como limite legal para o troca-troca partidário.

O presidente estadual do PMDB, deputado estadual Luiz Cláudio Romanelli, disse que é a executiva nacional que deve decidir o que fazer com relação ao deputado federal Hidekazu Takayama, campeão de mudança de partido na Câmara Federal. Ele deixou o PMDB, foi para o PAN e depois para o PRB. Já o caso dos vereadores "infiéis" deverá ser discutido pelos diretórios municipais. A executiva estadual entendeu que só poderia decidir sobre possíveis processos contra deputados estaduais. No entanto, nenhum parlamentar do PMDB na Assembléia saiu do partido.

A "infidelidade" ainda deve provocar muita discussão interna no PMDB paranaense, sobretudo no caso dos vereadores. Para o presidente do Conselho Político do PMDB de Curitiba, Alexandre Curi, os casos dos vereadores que deixaram a legenda devem ser discutidos de forma individual. O presidente do diretório municipal de Curitiba, Doático Santos, questiona a saída dos vereadores Felipe Braga Côrtes (PSDB) e de Valdenir Dias (PSB). Braga Côrtes se desfiliou do PMDB antes do prazo, mas protocolou o pedido no diretório estadual e não no municipal – o que abriria uma brecha jurídica para o partido tentar alegar que a desfiliação formal dele ocorreu após 27 de março. Já o mandato de Dias pode vir a ser pedido porque ele foi eleito pelo PTB, partido que fez parte da coligação com o PMDB. A coligação, nesse caso, é que teria perdido um vereador.

Outros partidos

Já no PP e PTB a tendência é de não pedir os mandatos dos vereadores da capital. Com isso, Mestre Déa, que saiu do PP e foi para o PRTB, e Jair Cézar, que foi do PTB para o PSDB, devem ficar tranqüilos. "Não temos a intenção de pedir, mas não sabemos se o suplente vai requerer a vaga", disse o deputado Ney Leprevost (PP), membro da executiva municipal do partido.

O PPS, porém, vai requisitar os mandatos dos parlamentares que saíram da legenda depois de março. "Vamos buscar na Justiça os mandatos. Estamos aguardando a resolução do procedimento, que será emitida pelo Supremo. E, em seguida, entramos com os pedidos", disse o presidente do diretório estadual, Rubens Bueno.

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