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Democratas, o antigo PFL, sai na frente

O antigo PFL, agora Democratas, foi o primeiro partido a decidir entrar com pedidos nos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) a partir de abril para cancelar os diplomas de deputados que deixaram o partido após as últimas eleições.

O partido vai reivindicar oito vagas na Câmara de Deputados em Brasília, mas a secretaria-geral da Casa registra sete parlamentares que após o pleito migraram para outras legendas.

O vice-presidente nacional do Democratas, o deputado federal do Paraná, Eduardo Sciarra, disse que o TSE deve receber diversas consultas e será preciso avaliar as conseqüências da decisão do tribunal.

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O PMDB e o PPS já adiantaram que vão seguir a decisão do PFL de tentar retomar as vagas dos parlamentares que se elegeram pelas respectivas legendas, mas após o pleito mudaram de partido. O secretário-geral do PMDB do Paraná, João Arruda, adiantou nesta quarta-feira que vai oficiar a presidência da Câmara de Vereadores de Curitiba e o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) para o imediato cumprimento da decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A decisão do TSE prevê que o mandato é do partido e não do parlamentar eleito. Segundo Arruda, o PMDB elegeu quatro vereadores nas eleições municipais de Curitiba em 2004, sendo que três trocaram de partido. Essas três vagas, ainda de acordo com Arruda, serão reivindicas. Os vereadores peemedebistas citados por Arruda são: Felipe Braga Côrtes, Celso Torquato e Paulo Salamuni.

Caso prevaleça a decisão do TSE, os suplentes Adenival Gomes (PT), Márcia Schier (PMDB) e Francisco Garcez (PT) assumiriam as vagas na Câmara Municipal. Arruda disse ainda que o PMDB vai reivindicar a fidelidade partidária em todos os municípios paranaenses. Para ele, a decisão do TSE é um passo importante para a fidelidade partidária e representa o fortalecimento das instituições democráticas brasileiras.

O PMDB, em comunicado enviado à imprensa, não citou o caso do vereador Valdenir Dias, que era o último representante do partido e anunciou desfiliação nesta semana. Acontece que Dias não foi eleito pelo PMDB. Na Assembléia Legislativa, o deputado Geraldo Cartário elegeu-se pelo PMDB, desfiliou-se e está sem partido.

No PPS

Já o PPS, teria uma reunião nesta quarta-feira para decidir se o partido vai ingressar na Justiça ou na Câmara para ter de volta oito mandatos que perdeu com o troca-troca partidário. O presidente nacional do PPS, Roberto Freire (PE), adiantou que o partido vai chamar os suplentes, pois não aceitará de volta os deputados eleitos pelo PPS e que migraram para a base do governo. No Paraná, o segundo deputado federal mais votado do Paraná desfiliou-se do PPS e foi para PSC. O PPS, segundo Freire, elegeu 22 deputados, mas viu sua bancada murchar para 14 parlamentares de outubro passado até agora. Metade dos que saíram escolheram o governista PR como nova casa. Para Freire, o fato de todos os que saíram do partido terem migrado para legendas governistas indica que o troca-troca é estimulado pelo Palácio do Planalto. "As mudanças têm o dedo do presidente Lula, que comanda um processo de cooptação. O PR iria se transformar em barriga de aluguel do Lula", disse. O presidente nacional do PPS considera ainda que dificilmente o Supremo Tribunal Federal (STF) irá contestar a decisão do TSE porque normalmente as duas Cortes não se confrontam. "Há um entendimento de que isso é interpretação específica de um tribunal", concluiu.

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