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Senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), que articula com o tucano Tasso Jereissati sua candidatura ao governo do Ceará | Geraldo Magela/Agência Senado
Senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), que articula com o tucano Tasso Jereissati sua candidatura ao governo do Ceará| Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

Em crise com o PT e o Planalto, o PMDB poderá fechar alianças regionais com Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB), pré-candidatos de oposição ao governo Dilma Rousseff (PT), em até 13 estados. Nas últimas semanas, à medida que se intensificaram as rusgas entre governo e peemedebistas, as negociações avançaram.

Na Bahia, em Pernambuco e no Acre, já está definido que o PMDB, principal legenda da base do governo Dilma Rousseff, integrará coligações que farão campanha para Campos ou Aécio. Em outras dez unidades da Federação (RJ, PB, RN, CE, RR, AP, PI, RS, MG e PR), há focos de tensão que poderão levar os peemedebistas locais a também seguirem com Aécio ou Campos.

No Rio Grande do Norte, berço político do presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB), o partido deverá se aliar ao PSDB, abrindo palanque para Aécio. O próprio Alves é cotado para a disputa. O PMDB do Rio, que rompeu com o PT após o partido lançar o senador Lindbergh Farias para o governo contra o atual vice-governador, Luiz Fernando Pezão (PMDB), também acena com o apoio a Aécio.

No Ceará, o líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira, quer ser candidato a governador com apoio do Planalto, mas conversa com o tucano Tasso Jereissati. Eunício diz que apoiará a reeleição de Dilma, mas que não vê problema em se aliar ao PSDB de Tasso. "Não concordo com alianças locais diferentes das nacionais. Mas, já que a legislação dá essa possibilidade, o PMDB não teria problema em formar chapa com qualquer sigla", argumenta.

O mesmo ocorre na Paraíba, onde o PMDB conver com o senador Cássio Cunha Lima (PSDB), que rompeu recentemente com o governador Ricardo Coutinho (PSB).

No Rio Grande do Sul, o pré-candidato peemedebista ao governo, José Ivo Sartori, tenta atrair um vice do PSB. O presidente do PMDB gaúcho, Edson Brum, diz que a briga entre o partido e o PT no plano nacional ainda não está sendo discutida no estado. Por uma simples razão: o próximo presidente da República, seja quem for, deverá ter o apoio do partido, diz Brum. "A única certeza que tenho é que o PMDB estará com o próximo presidente, ganhe Dilma, Aécio ou Campos. Por que me preocupar com isso agora?", ironiza.

Em alguns estados, a aliança já está valendo. No Piauí e em Roraima, o PMDB fechou com o PSDB de Aécio Neves e o PSB de Eduardo Campos. A expectativa é que as chapas deem apoio aos três principais candidatos ao Planalto.

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