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Jarbas acusou a maioria dos peemedebistas de serem corruptos | Fábio Pozzebom/ABr
Jarbas acusou a maioria dos peemedebistas de serem corruptos| Foto: Fábio Pozzebom/ABr

10 dos 19 peemedebistas têm pendências

Brasília - Dez dos 19 colegas peemedebistas de Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) no Senado respondem a processo na Justiça ou são investigados, de acordo com levantamento feito na base de dados do Supremo Tribunal Federal (STF). No total, a bancada do PMDB contabiliza 13 inquéritos, 4 ações penais e 5 investigações. Têm pendências com o STF os seguintes senadores peemedebistas: Edison Lobão Filho (MA), Garibaldi Alves Filho (RN), Gilvan Borges (AP), Leomar Quintanilha (TO), Mão Santa (PI), Neuto de Conto (SC), Renan Calheiros (AL), Romero Jucá (RR),Valdir Raupp (RO) e Welington Salgado (MG).

Agência Estado

Senador diz que não cita nomes "por estratégia"

Brasília - O senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) reafirmou ontem as acusações que fez contra o PMDB e os partido em geral. Apesar disso, Jarbas esquivou-se de citar nomes de integrantes da legenda que estejam envolvidos em irregularidades. Ele justificou a denúncia "genérica" que fez inicialmente à revista Veja alegando que o número de envolvidos é "muito volumoso". "Eu não quero citar ninguém... por enquanto, pois tenho de ter o mínimo de estratégia."

O senador ressaltou que procurou dar o pontapé inicial, mas que um processo de investigação deve ser comandado por outras pessoas. Ele enfatizou que espera, inclusive, uma pressão sobre o Congresso.

Jarbas disse ainda não acreditar que será expulso do PMDB. Também afirmou que não pedirá para deixar o partido. "O que eu quero é uma reforma política. Eu só admito mudar de partido dentro de uma reforma", comentou.

Agência Estado

BRASÍLIA - A executiva nacional do PMDB ontem tentou esfriar as denúncias feitas pelo senador peemedebista Jarbas Vasconcelos (PE), que acusou, em entrevista à revista Veja, a maioria dos integrantes do partido de serem corruptos. Em nota oficial, o PMDB classificou a entrevista como um "desabafo" de Jarbas e afirmou que o partido "não dará maior atenção" à entrevista em razão da "generalidade" das alegações. Por isso, não investigará as acusações. Por outro lado, nos bastidores uma ala do PMDB começou a articular um pedido de expulsão do senador e ex-governador de Pernambuco.

Na entrevista, Jarbas Vasconcelos acusa o PMDB e a classe política de utilização de cargos públicos para obtenção de benefícios pessoais, por meio da "manipulação de licitações, contratações dirigidas e corrupção em geral". "(A entrevista) não aponta nenhum fato concreto que fundamente suas declarações. Ademais, lança a pecha de corrupção a todo o sistema partidário quando diz que a ‘corrupção está impregnada em todos os partidos’", diz a nota da cúpula do PMDB.

O presidente nacional do partido, deputado Michel Temer (SP), também repudiou as críticas do senador. "Nós, naturalmente, repudiamos a informação de que o PMDB é corrupto", afirmou Temer. Segundo ele, as informações de Jarbas foram genéricas e não precisas, quando ele tratou sobre corrupção e desvios de conduta no partido. Por isso, o comando da legenda não pretende investigar as acusações.

Temer afirmou ainda que, apesar das declarações do senador, não há intenção do partido em puni-lo. Porém, Temer admitiu que dará prosseguimento a uma eventual representação contra o senador pedindo sua expulsão do partido. Nos bastidores, já há uma articulação para que os senadores encaminhem um requerimento à Executiva solicitando a expulsão de Jarbas.

Ontem, o senador Geraldo Mesquita Júnior (PMDB-AC) foi um dos mais enfáticos em cobrar explicações do colega. "Faz-se necessário que o ilustre senador diga publicamente se tem conhecimento de fatos ou possui provas que possam sustentar que tal afirmação me alcança", disse Mesquita.

Já o senador Pedro Simon (PMDB-RS) saiu em defesa de Jarbas. "Eu sou favorável a falar, criticar. Se o partido tem alguma dúvida, que abra um processo. Mas acho que ninguém vai querer que ele (Jarbas) fale tudo o que sabe", afirmou Simon, em um recado para a cúpula do partido.

Fora do Senado, a entrevista também repercutiu. O governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), afirmou que Jarbas desrespeitou o partido ao generalizar suas críticas à legenda.

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