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Ficará nas mãos do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) a decisão de validar ou não a aliança entre PMDB e PSDB no Paraná. O PMDB decidiu ontem ignorar a decisão do diretório nacional do PSDB, que suspendeu a coligação na semana passada, e registrar a chapa composta pelos dois partidos – Roberto Requião (PMDB) para governador, Hermas Brandão (PSDB) para vice e Alvaro Dias (PSDB) para senador. O prazo para registrar candidatura termina amanhã, às 19 horas.

Diante dessa decisão, o deputado estadual Hermas Brandão e lideranças do PMDB desistiram de recorrer à Justiça para manter a aliança. Eles somente tentarão anular a decisão do diretório nacional tucano se o registro de candidatura não for aceito pelo TRE.

Hermas diz que está tranqüilo por ter certeza de que a chapa será registrada sem empecilhos no TRE, já que a convenção estadual do PSDB decidiu pela coligação. "Eles querem mudar o resultado do jogo. É como tentar mudar o resultado do jogo entre Brasil França para 1 a 0 para o Brasil", diz Hermas, referindo-se à ala tucana que desaprova a aliança com Requião.

Caso o TRE não homologue a chapa, o PMDB inicia uma brigar na Justiça para manter a coligação. "Se o diretório nacional tinha restrições à coligação deveria exigir atitudes antes da coligação", diz Guilherme Gonçalves, advogado contratado pelo PMDB para o caso. "Depois que perderam, decidiram que a deliberação não é mais válida. Além disso, o pressuposto de que o PMDB não vai apoiar o (Geraldo) Alckmin é falso", alega o advogado.

Gonçalves estuda ingressar com ações na Justiça Comum em Brasília e no Paraná para anular a decisão do diretório nacional do PSDB, se a chapa não tiver registro confirmado. Como se trata de assunto interno de partido, o questionamento deve ser feito à Justiça Comum e não à Eleitoral.

Nulo

O diretório regional do PSDB também vai registrar a ata da convenção estadual do partido, realizada na quinta-feira passada, com a posição vencedora de coligação com o PMDB, além das chapas para deputado estadual e federal e Alvaro Dias para o Senado. O presidente do diretório estadual tucano, Valdir Rossoni, acredita que o comunicado do diretório nacional do partido ao TRE sobre a anulação da coligação com o PMDB será suficiente para que a decisão nacional seja válida. "Vamos registrar a ata fidedigna, relatando tudo o que aconteceu na convenção. Como a carta do diretório nacional anula a coligação, ficarão registrados apenas os nomes para as chapas proporcionais e ao Senado. O TRE terá que acatar a decisão do diretório nacional porque é uma decisão interna do partido", diz Rossoni.

Hermas Brandão assinou a ata da convenção no domingo pela manhã. Valdir Rossoni e o secretário geral do partido, Luiz Carlos Hauly, assinaram ontem.

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