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Valdir Rossoni: ele vai mexer no Portal da Transparência? | Albari Rosa/ Gazeta do Povo
Valdir Rossoni: ele vai mexer no Portal da Transparência?| Foto: Albari Rosa/ Gazeta do Povo

Grampos

Rossoni promete instalar CPI na quinta-feira

O presidente da Assembleia, Valdir Rossoni (PSDB), anunciou que vai instalar oficialmente a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Grampos na próxima quinta-feira. De autoria do deputado Marcelo Rangel (PPS) e assinada por cerca de 20 parlamentares, a CPI vai investigar a instalação de equipamentos para fazer escutas telefônicas que foram encontrados no prédio do Legislativo estadual no último fim de semana.

Na terça-feira, a Diretoria de Assistência ao Plenário havia afirmado que, pelo fato de ter sido protocolada na forma de projeto de resolução, a CPI teria de ser votada em plenário pelos deputados. Ontem, porém, a assessoria da presidência anunciou que é necessária somente uma análise formal por parte da Diretoria Legislativa. Tanto que Rossoni deu prazo até a próxima quarta-feira para que os líderes partidários indiquem os 11 integrantes da comissão e para que ele possa instaurá-la no dia seguinte. Assim que for instalada, a CPI terá duração de 120 dias, prazo que pode ser prorrogado por 60 dias dependendo do andamento dos trabalhos.

"Trata-se de uma denúncia grave. Quem teve acesso à sala da presidência tem certo poder político ou financeiro. É algo de profissional, de quadrilha", afirmou Rangel. Segundo ele, a responsabilidade criminal pela instalação das escutas será investigada pela polícia. O parlamentar ressaltou, entretanto, que a instauração de uma CPI pode, além de acelerar e facilitar o inquérito policial, ajudar a investigar as motivações políticas do monitoramento da Casa. (ELG)

Em meio ao discurso de corte nos gastos, a Assembleia Le­­gislativa do Paraná irá pagar "gratificação de desempenho" de 20% sobre o salário dos policiais militares que passarem a fazer a segurança da Casa. O benefício foi adicionado, por meio de emenda, ao projeto que cria o Gabinete Militar da Presidência em substituição ao antigo setor de segurança do Legislativo estadual. Aprovada em duas discussões, a proposta ainda terá de passar por mais duas votações na semana que vem.A decisão de entregar a segurança da Assembleia à Polícia Militar (PM) foi tomada pelo novo comando da Casa diante de ameaças aos deputados e a funcionários – até com armas – para obtenção de vantagens que seriam feitas pelos antigos responsáveis pela segurança do prédio. De acordo com alguns parlamentares, eles teriam controle sobre contratações de terceirizados e fariam cobranças indevidas, como a de estacionamento. A situação levou o presidente da Assembleia, Valdir Rossoni (PSDB), a recusar-se a readmitir o grupo de cerca de 50 seguranças demitidos pela antiga gestão no último dia de mandato, uma exigência legal.

No projeto de autoria da Mesa Executiva, não há menção ao número de PMs que serão cedidos à Assembleia. A expectativa, porém, é que entre 25 e 30 policiais façam a segurança de deputados, servidores, autoridades e visitantes no prédio do Legislativo. Rossoni e o primeiro-secretário, Plauto Miró (DEM), também poderão receber segurança "pessoal e familiar" fora da Casa.

Caso a Assembleia conte com 25 PMs em início de carreira, que recebem salário de R$ 1.967,43, o valor mínimo a ser gasto pelo Legislativo será de R$ 49,1 mil por mês. Considerando eventuais gratificações de 20% a todos os PMs, a quantia subiria para R$ 59 mil. Como parte do efetivo cedido ao Legislativo terá patentes superiores, essa despesa passará dos R$ 60 mil. O valor que vier a ser gasto, de acordo com a proposta, será repassado ao Executivo.

Em nenhum momento, porém, o projeto cita quais são as regras para o recebimento da "gratificação de desempenho". Nos últimos dias, Rossoni defendeu que a substituição dos seguranças internos por policiais militares irá reduzir os gastos em pagamento de pessoal da Casa.

Já a segurança patrimonial da Assembleia ficará a cargo de uma empresa de vigilância privada, a Embrasil. No total, de 40 a 45 vigilantes vão monitorar 21 pontos do prédio do Legislativo estadual. O serviço, que terá um custo de R$ 1 milhão pelos próximos seis meses, seguiu valores de licitações por tomada de preços feitas pelo Poder Executivo.

Já a varredura de escutas e grampos telefônicos foi contratada da Embrasil em caráter emergencial. O valor do serviço, que não foi divulgado, de­­penderá do total de pontos investigados.* * * *

Interatividade

É justo que policiais que sejam lotados na Assembleia recebam gratificação e os colegas que patrulham as ruas, não?

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