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Mais 30 dias. Esse é o prazo que os delegados Danilo Cesto e Josimar Antonio da Silva, responsáveis pelas investigações do falso sequestro da vereadora Ana Maria Branco de Holleben (PT), em Ponta Grossa, região dos Campos Gerais do Paraná, devem solicitar à Justiça. A solicitação para prorrogar a data de conclusão do inquérito deve acontecer na próxima segunda-feira (4). Com a extensão do prazo, a polícia pretende reunir todos documentos, inclusive a parte que corre sobre segredo de justiça, e concluir os trabalhos. Nesta quinta-feira (31), o filho da vereadora, Márcio foi novamente ouvido. Além dele, os delegados ainda pretendem ouvir outras pessoas, entre elas a mãe de Ana Maria, Branca Branco de Holleben. "Segundo informações, ela está sendo medicada e está fora da cidade, mas com a prorrogação teremos um bom tempo para ouvi-la", ressalta Josimar um dos delegados responsáveis pelas investigações. Quanto à ouvir a vereadora que segue internada em uma clínica psiquiátrica em Curitiba, Danilo Cesto disse que isso só acontece se houver uma manifestação de Ana Maria nesse sentido. "A não ser que ela manifeste essa vontade, mas isso não aconteceu".

Relembre o caso

A vereadora Ana Maria Branco de Holleben (PT) desapareceu no fim da tarde do dia 1º de janeiro, após deixar a cerimônia de posse do cargo. Ela chegou a ser empossada no Cine-Teatro Ópera, no centro da cidade, e deveria ter chegado à Câmara Municipal, no bairro da Ronda, por volta das 17 horas, para a sessão que elegeria a mesa executiva da Casa. Mas não compareceu. A vereadora foi reeleita nas eleições de 2012 para o terceiro mandato.

No dia seguinte ao desaparecimento, o delegado Luiz Alberto Cartaxo Moura - que conduziu as investigações, com a participação do Grupo Tigre, especializado em sequestros - relatou, em entrevista coletiva, que o episódio foi uma farsa. "Não houve sequestro. Houve uma simulação, com o objetivo de proteger interesse próprio. Ou seja: não exercer seu direito de voto junto à Câmara Municipal na eleição da Mesa Diretora", afirmou ele.

O falso crime, segundo o delegado, foi admitido em depoimento por um funcionário da vereadora, o motorista Idalécio Valverde da Silva, e sua mulher, Suzicleia Valverde da Silva. Ambos, mais Adalto Valverde da Silva, irmão de Idalécio, foram presos e liberados posteriormente.

Apontado com o quarto cúmplice do crime, Reginaldo da Silva Nascimento - que teria levado a vereadora até o suposto cativeiro, se apresentou a polícia no dia 8 de fevereiro. Ele, que é primo de Idalécio Valverde da Silva e Adauto Valverde da Silva, alegou, via seu advogado, que fez apenas o que Ana Maria Branco de Holleben havia lhe pedido: leva-lá para espairecer.

A vereadora chegou a ficar presa dos dias 2 ao 9 de janeiro, quando foi solta. Desde então, Ana Maria estaria internada em uma clínica de reabilitação de Curitiba. Segundo seu advogado, ela pretende explicar o suposto falso sequestro à sociedade.

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