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Nesta sexta-feira, quando todos os presos beneficiados com a saída temporária de Dia dos Pais estarão soltos, a Polícia Militar de São Paulo colocará toda a tropa nas ruas. De acordo com o coronel Eliseu Eclair Borges, as folgas dos policiais foram suspensas na sexta e no sábado e serão feitos vários bloqueios em todo o estado.

- A Polícia Militar está de sobreaviso para todos os fatores - diz, acrescentando que os 113 presos que pediram o benefício e têm ligação com o crime organizado são "um fator fundamental" de preocupação.

Ele confirmou ainda que esses 113 presos, se conseguirem o indulto, serão monitorados. O coronel explica que, ao sair da prisão, o preso deixa um endereço de onde estará. Cada região deverá acompanhar esses presos.

- Mas se eles não forem para lá, se sumir, não sei. Ele estará solto - afirma Borges, que não quis detalhar todo o esquema de monitoramento por questão de segurança.

O coronel diz ainda que o cadastro criminal do estado, que tem 300 mil nomes, aponta 5.012 membros da facção criminosa que teria comandado os ataques. De acordo com ele, deste total 4.203 estão presos. Os outros 809 são foragidos, procurados ou egressos do sistema prisional.

Borges não descartou a ocorrência de novos ataques, mas afirmou que eles não voltarão a apresentar a mesma força de maio.

- O crime está afunilando. Em maio, havia a primeira linha do crime cometendo ataques. Foram 250 presos em maio, 79 mortos. Foi uma reação fulminante. Nos ataques desta semana, os dois presos de Cotia, por exemplo, tinham dívidas de drogas. Um devia R$ 1,5 mil e o outro, R$4,5 mil - afirma o coronel, explicando que os atentados estão sendo ‘terceirizados’.

Só nesta semana, foram 180 alvos. Mas o coronel diz que não há motivo para pânico.

- São 645 municípios no estado e 160 locais atacados. A meu ver, o número não é grande. Os dois primeiros a morrer nesta semana tinham atacado um posto de gasolina, um banco e um ônibus, antes de encontrarem a polícia - diz.

De qualquer forma, a Polícia Militar acompanhou o parecer do Ministério Público, de que pelo menos os presos envolvidos com a facção não deveriam receber o benefício da saída temporária.

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