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Estaleiro da Techint em Pontal do Sul: empresa será investigada | Hugo Harada/Gazeta do Povo/Arquivo
Estaleiro da Techint em Pontal do Sul: empresa será investigada| Foto: Hugo Harada/Gazeta do Povo/Arquivo

A Polícia Federal (PF) abriu novos inquéritos na Operação Lava Jato para investigar especificamente dez empresas supostamente envolvidas em fraudes na Petrobras. A informação consta de ofício encaminhado à Justiça Federal no último dia 23 pelo delegado Eduardo Mauat, da PF de Curitiba.

O delegado ressalta a "necessidade de abertura de novos inquéritos policiais a fim de receber de forma organizada os dados relativos a outras empresas possivelmente envolvidas em fraudes ligadas à estatal Petrobras". Por meio dos inquéritos a PF poderá pedir à Justiça autorização para novas buscas e apreensões, por meio das quais poderá colher provas contra novos suspeitos de envolvimento no escândalo da estatal .

A PF lista as empresas alvo da nova etapa da investigação: MPE Montagens e Projetos Especiais, Alusa Engenharia, Promon Engenharia, Techint Engenharia e Construção, Construtora Andrade Gutierrez, Skanska Brasil, GDK S/A, Schahin Engenharia, Carioca Christian Neilsen Engenharia, Setal Engenharia Construções e Perfurações.

Propina

A Andrade Gutierrez havia aparecido na delação premiada do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa divulgada na semana passada, na qual ele afirmou que a empreiteira pagou propinas para o PMDB.

Segundo o ex-diretor da estatal, os valores foram "cobrados e geridos" pelo empresário Fernando Antonio Falcão Soares, o Fernando Baiano, apontado como lobista e operador do PMDB no esquema de corrupção que se instalou na Petrobras.

Paulo Roberto Costa afirmou à Polícia Federal, em relato de 7 de setembro de 2014, que a partir de 2008 ou 2009 a cobrança à Andrade Gutierrez passou a ser feita por Fernando Baiano, não mais pelo doleiro Alberto Youssef – personagem central da Lava Jato.

O ex-diretor da Petrobras contou ainda que a empreiteira, mesmo após "ganhar algum contrato" sob responsabilidade de sua diretoria "custava a depositar o valor devido ao PP [partido de que Costa era apadrinhado]".

A empreiteira Andrade Gutierrez nega fazer parte de qualquer acordo de favorecimento envolvendo o pagamento de propina a partidos políticos.

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