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Atualizado em 24/11/2006 às 19h47

A polícia prendeu, por volta das 17h20, o fotógrafo desempregado Carlos Eduardo Melo Menezes, de 31 anos, que dizia estar em posse de uma bomba na frente da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Ele chegou ao prédio da Bovespa, localizado na Rua XV de Novembro, por volta das 16h10m e, sem se identificar, ameaçava explodir o artefato. Segundo testemunhas, ele dizia que o explosivo poderia ser acionado por celular e chegou a pedir que o prédio fosse evacuado.

Depois de preso, Menezes confessou à polícia que não tinha explosivos. Ele queria apenas chamar a atenção da imprensa para um filme contra o sistema financeiro, que ele planejava. O fotógrafo foi preso em flagrante e está sujeito a pena que varia de uma a três anos de prisão pelo incidente. Ele chegou a visitar o prédio há alguns dias para planejar a ação, além de comprar roupas pretas e uma touca tipo ninja.O falso anúncio de bomba mobilizou cerca de 150 homens da polícia e mais o Corpo de Bombeiros.

Os funcionários não chegaram a deixar o edifício e apenas o hall de entrada foi isolado. Mas a polícia teve que interditar a região. O pregão na Bolsa funcionou normalmente, mas o after market - negociações após o pregão - está suspenso.

A Rua XV de Novembro e outras vias do centro velho da capital, que haviam sido interditadas, já foram liberadas para o trânsito de pedestres e veículos. Menezes foi encaminhado para o Departamento de Investigações Criminais (Deic), que fica na zona norte da capital.

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) divulgou nota afirmando que "a polícia e o Corpo de Bombeiros atuaram com presteza". Durante o incidente, os trabalhadores que terminavam seu turno deixaram o prédio pela saída dos fundos.

Leia a seguir a íntegra da nota:

"A Bovespa informa que hoje, dia 24 de novembro, por volta das 16h10, um homem não-identificado entrou no hall da sede da Bolsa, no centro de São Paulo, cobriu o rosto com uma máscara e exigiu que o prédio fosse desocupado, ameaçando explodir uma bomba que estaria amarrada a seu corpo. A Polícia e o Corpo de Bombeiros, que atuaram com presteza e eficiência, interditaram a área em frente da Bolsa e começaram a negociar com o indivíduo. Por volta das 17h20, o homem rendeu-se e foi retirado do prédio, sendo conduzido ao Deic. Por recomendação das autoridades, iniciou-se uma retirada gradual e segura de funcionários.

A Bovespa lamenta o episódio e informa que não houve interrupção das operações, embora tenha decidido suspender o After-Market."

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