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Governador (foto) teve um sobrinho, que é diretor de análises clínicas da Secretaria Estadual de Saúde, preso na operação | Gleilson Miranda/Secom Acre
Governador (foto) teve um sobrinho, que é diretor de análises clínicas da Secretaria Estadual de Saúde, preso na operação| Foto: Gleilson Miranda/Secom Acre

A Polícia Federal prendeu nesta sexta-feira (10) o secretário de Obras do governo do Acre, Wolvenar Camargo, e outros servidores públicos, entre eles um sobrinho do governador Tião Viana (PT), Tiago Paiva, que é diretor de Análise Clínica da Secretaria Estadual de Saúde. Batizada de operação G-7, a investigação apontou fraudes em licitação. Segundo a PF, foram desviados R$ 4 milhões de contratos que somam R$ 40 milhões.

Também foram expedidos mandados de prisão contra o ex-secretário de Habitação e ex-superintendente da Caixa Econômica Federal, do diretor do Depasa (Departamento de Pavimentação e Saneamento e Abastecimento), do secretário municipal de Desenvolvimento e Gestão Urbana de Rio Branco.

Ao todo, 150 policiais de diversas localidades do país estão dando cumprimento a 34 mandados de busca e apreensão em órgãos públicos nos em Rio Branco e Tarauacá (AC).

Durante as investigações, os policiais identificaram um processo licitatório destinado à contratação de uma clínica de exames médicos para desviar fraudulentamente recursos do SUS (Sistema Único de Saúde), do governo federal.

De acordo com a PF, as investigações foram iniciadas em 2011 e apontaram suposto grupo de sete empresas da construção civil, que atuavam em conjunto para fraudar licitações de obras públicas no Estado.

Para a fraude, as empresas simulavam concorrer entre si, garantindo, assim, que uma delas sempre vencesse a licitação. Os concorrentes que não integrassem a organização eram eliminados ainda na fase da habilitação técnica, que é a primeira fase da licitação, em que a administração pública exige da empresa comprovação de sua aptidão técnica para realizar o serviço, informou a PF.

Os envolvidos devem responder pelos crimes de formação de cartel, falsidade ideológica, corrupção ativa e passiva, formação de quadrilha, fraude à licitação, e desvio de recursos públicos, segundo a PF.

Procurados, os advogados dos envolvidos no caso não foram localizados até as 9h de hoje.

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