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Cerca de mil pessoas dos 2,5 mil presos durante a Operação Strike, realizada na quinta-feira (14), foram soltas até as 12h desta sexta-feira (15), de acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP).

A ação ocorreu em todo o estado de São Paulo entre as 6h e as 17h e resultou na prisão de 2.532 pessoas.

Em entrevista coletiva concedida após a operação, o delegado-geral da Polícia Civil, Mário Jordão Toledo Leme, havia estimado que pelo menos 1,4 mil detidos permaneceriam no sistema prisional.

A liberação dos detidos ocorre após pagamento de fiança ou assinatura de termo circunstanciado. Na operação foram feitos 547 termos. Eles são registrados em casos de crimes com menor potencial ofensivo.

Mandados

Na operação, a polícia também apreendeu 2.967 máquinas caça-níqueis e 106 kg de drogas, além de 180 armas. Onze bingos e 124 estabelecimentos comerciais foram fechados ou lacrados. Os policiais apreenderam 1.205 veículos e 519.635 objetos. Ao todo, foram cumpridos mais de 1.500 mandados de busca e apreensão. Detenção de detetives

Uma das ações consideradas mais importantes na Operação Strike foi a prisão de uma quadrilha de 15 detetives particulares que faziam grampo ilegal, sem autorização da Justiça. Além das prisões, foi apreendido em Bauru, a 343 km da capital, um veículo com equipamentos sofisticados usados nas escutas. De acordo com a polícia, o grupo fazia desde investigações matrimoniais até espionagem industrial.

A polícia paulista também prendeu um soldado do Corpo de Bombeiros, um cabo do grupo aéreo da Polícia Militar (PM) e um vigilante de banco envolvidos em crimes. Vítimas de roubo de combustível e equipamentos para postos de gasolina apontaram um sargento dos bombeiros como um dos autores.

Assalto em Moema

Ainda na operação, os policiais chegaram a três supostos envolvidos no assalto ao Banco Itaú da Avenida Ibirapuera, em Moema, Zona Sul de São Paulo, no qual a adolescente Priscila Aprígio, de 13 anos, foi baleada e perdeu os movimentos das pernas. "Estávamos há um mês atrás deles. Ontem (quarta-feira) à noite, conseguimos as pistas", disse. Entre os detidos, há dois supostos executores da ação e um vigia que teria passado informações sobre o banco aos assaltantes.

O delegado-geral acredita que os presídios do estado estão prontos para receber todos os presos da Operação Strike. "O sistema penitenciário de São Paulo está realmente com uma sobrecarga, mas está plenamente em condições de receber todos os presos, assim como nossas cadeias públicas", afirmou.

Logística

Segundo a SSP, 18.217 policiais civis, cerca de 800 peritos criminais do Instituto de Criminalística (IC), e policiais militares participaram da operação.

Lojas de peças de carros, hotéis, bares, restaurantes, aeroportos e regiões portuárias foram vistoriados. A polícia também fez bloqueios em pontos considerados estratégicos, determinados após uma pesquisa no Sistema de Informações Criminais (Infocrim). As áreas de fronteira do estado também foram monitoradas durante a operação.

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