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O policial civil Délcio Rasera, acusado de chefiar um esquema de escutas telefônicas clandestinas, passou o Natal fora da prisão. Segundo informações da Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos de Curitiba, onde ele estava preso desde o dia 5 de setembro, o alvará de soltura foi cumprido por volta das 18 horas de sexta-feira, último dia antes do recesso da Justiça.

O funcionário da delegacia que estava de plantão ontem não soube informar o motivo da soltura de Rasera. É possível que o advogado do policial, Luiz Fernando Comegno, tenha conseguido habeas-corpus para que Rasera responda ao processo em liberdade.

O policial civil foi preso em uma operação da Promotoria de Investigações Criminais (PIC), por interceptações telefônicas ilegais e formação de quadrilha. Quando foi preso, o policial estava cedido à Casa Civil do governo do estado. Além de Rasera, outras seis pessoas foram presas.

O processo contra Rasera corre em segredo de Justiça. Na Assembléia Legislativa foi criada uma CPI do Grampo, apoiada pela bancada da situação, que se dispunha a apurar, em menos de um mês, acusações de 12 anos de possíveis grampos no estado. Em depoimento à comissão, Rasera negou que tenha participado de escutas ilegais e afirmou que fazia apenas o trabalho de rastrear essas escutas para neutralizá-las, conhecido como "varredura". Um trabalho que, segundo ele, seria particular e que nada teria a ver com suas atividades na polícia ou na Casa Civil.

A CPI, composta por quatro deputados da base governista, durou apenas 18 dias e terminou sem conclusão. O relatório foi finalizado, mas não foi votado pela Assembléia Legislativa e deve ficar engavetado.

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