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Os conceitos

Veja a definição dos pensamentos políticos propostos como resultado do Diagrama de Nolan:

Centro – em geral, defendem posições moderadas tanto a respeito do papel do Estado na economia quanto na vida privada dos cidadãos.

Esquerda – na definição do cientista político Nolan, costumam defender a não interferência em liberdades individuais, mas acreditam que deve haver medidas estatais na economia.

Direita – defende que o Estado deve ter pouca atuação na economia, deixando espaço para a iniciativa privada, mas acredita que são necessárias algumas restrições do ponto de vista moral.

Estatista – defende o Estado como regulador da sociedade, intervindo na economia e participando ativamente dela.

Libertários – acreditam que o Estado deve ser mínimo, garantindo apenas que a sociedade não entre em colapso.

Você ainda pode fazer o teste!

O questionário ainda está disponível no site da Gazeta do Povo e pode ser acessado em www.gazetadopovo.com.br/candibook.

Responda as perguntas e descubra um pouco mais sobre suas preferências políticas. No site também é possível acessar o perfil dos candidatos que foram eleitos e conferir as informações e compromissos assumidos por eles durante a campanha.

Tanto os políticos eleitos no Paraná quanto os usuários do site da Gazeta do Povo que responderam ao questionário de Nolan – teste que indica o posicionamento no espectro político e se a pessoa é de centro, esquerda, direita, libertária ou estatista – se agrupam, em sua maioria, na região central do diagrama. Isso significa que, em geral, defendem posições moderadas tanto a respeito do papel do Estado na economia quanto na vida privada dos cidadãos.

INFOGRÁFICO: Veja o posicionamento dos candidatos e eleitores no Diagrama de Nolan

De acordo com as respostas dos usuários, 49% dos testes respondidos indicaram que o leitor era centrista. Outros 20% de esquerda, 14% libertários, 12% estatistas e 5% de direita (veja as definições no quadro ao lado). Dos 86 candidatos eleitos no estado –30 deputados federais, 54 deputados estaduais, governador e senador – 55 responderam ao questionário. Entre eles, 25 são centristas.

Há uma leve tendência, entre os políticos, para o estatismo, e a configuração observada entre os leitores é a tendência ao perfil libertário e de esquerda.

Análise

O fato de ambos os perfis se concentrarem no centro do digrama é explicado pela racionalidade, segundo especialistas. Políticos tendem a ser mais flexíveis e adotam discurso mais brando, porque precisam estar abertos à negociação, principalmente na relação entre o Executivo e o Legislativo. Os eleitores não são radicais e nem fiéis a um partido ou candidato, mas votam de acordo com o contexto no qual se encontram.

"Um perfil não tem, necessariamente, a ver com o outro. O político adota este tom porque terá de enfrentar a relação do Legislativo com o Executivo. O eleitor porque, em geral, sabe da importância da negociação e porque não compra o discurso radical, de quem promete mundos e fundos", comenta o cientista político Doacir Quadros, professor da Uninter.

Os mais de 700 candidatos que participaram do Candibook – plataforma on-line do jornal que produziu entrevistas com os concorrentes a todos os cargos no Paraná – responderam a dez questões do questionário de Nolan. Eles foram interpelados sobre assuntos civis e econômicos.

As mesmas perguntas ficaram disponíveis na internet, para os leitores e usuários do site da Gazeta do Povo. Nesta ferramenta on-line, as perguntas foram respondidas mais de 114,5 mil vezes. Embora não seja científico – já que o teste poderia ser respondido várias vezes pela mesma pessoa – o resultado é representativo.

O teste

O Diagrama de Nolan foi criado pelo cientista político norte-americano David Nolan. Em 1969, ele concebeu perguntas com a intenção de mostrar que as opiniões sobre alguns assuntos poderiam definir o posicionamento político para além da divisão entre direita e esquerda.

O teste não é científico, mas é capaz de dar indícios sobre a postura ideológica de cada um. A Gazeta usou uma variação do teste chancelada pelo Instituto Ordem Livre. São dez questionamentos, que versam sobre situações de liberdade civil e econômica. Quem faz o teste deve responder se concorda, discorda ou se está neutro com relação à questão.

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