Em um gesto para obter apoio da seção paulista do PSDB a sua candidatura à Presidência da República, o senador Aécio Neves (MG) costurou um acordo que dará a Aloysio Nunes Ferreira, aliado de José Serra, a liderança do partido no Senado. Para viabilizar o gesto em direção aos paulistas, Aécio negociou para que o paraibano Cássio Cunha Lima, já escolhido para o posto, abrisse mão em nome de Aloysio. Cunha Lima será o vice-líder.
Na semana passada, Aécio esteve em São Paulo para conversas com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o governador paulista Geraldo Alckmin e Serra. O senador mineiro tenta obter do governador uma manifestação de apoio e a garantia de que Alckmin não deseja disputar a candidatura tucana à Presidência. Os paulistas pressionam por espaço também na futura Executiva nacional do partido, que será escolhida em maio. Aécio é o favorito para assumir a presidência do PSDB para depois lançar sua candidatura à sucessão de Dilma Rousseff.
Alckmin e Aécio devem voltar a se encontrar até março. O senador mineiro, que já tem apoio suficiente para assumir a presidência do PSDB, estuda oferecer a secretaria-geral da sigla a um indicado por Alckmin.
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