• Carregando...

Maringá – Com a greve dos servidores municipais, cerca de mil toneladas de lixo se acumulam nas ruas de Maringá. A estimativa é do secretário de Serviços Públicos (SMSP), Diniz Afonso. Logo no início da manhã de ontem, ele anunciou que a prefeitura iria abrir licitação para contratar mão-de-obra para fazer a coleta de lixo nos próximos 60 dias.

Serão recrutadas 50 pessoas em caráter emergencial e com contrato renovável semanalmente, até que a greve acabe e o serviço volte a ser feito pelos funcionários públicos. Serão usados os veículos do próprio município. A direção do Sindicato dos Servidores Municipais de Maringá (Sismmar) informou que aguarda somente a concretização da licitação para entrar na Justiça. "Para pagar o nosso reajuste o prefeito Sílvio Barros não tem dinheiro, mas para contratar empresa e terceirizar o serviço tem?", questionou a sindicalista Ana Pagamunici. O sindicato afirma que o trabalho essencial de coleta de lixo está garantido com 30% dos funcionários, e a licitação seria ilegal.

Diniz Afonso informa que seis empresas teriam sido comunicadas da licitação, e o prefeito determinou que a empresa fosse escolhida ontem mesmo. Não havia estimativa do gasto necessário até o fim da tarde. "Com 30% do pessoal não damos conta de fazer o serviço", disse.

A coleta de lixo foi o principal setor afetado pela greve, que dura seis dias. Vários bairros e a região central têm sacos de lixo acumulados nas calçadas e nas lixeiras. Maringá colhe uma média diária de 400 toneladas de lixo e há 11 caminhões que fazem o serviço. Porém, por causa da greve, apenas três caminhões têm saído do pátio da SMSP diariamente.

Ação

O procurador municipal, Laércio Fondazzi, informou ontem que a prefeitura entrou na Justiça com uma "ação declaratória de inconstitucionalidade, ilegalidade e abusividade de greve". A ação foi ajuizada na 5.ª Vara Cível, mas a estimativa de Fondazzi é que só haja um posicionamento da Justiça na segunda-feira. "Esperamos que o juiz conceda a liminar para que a greve acabe", afirmou o procurador.

Um encontro entre o prefeito Sílvio Barros (PP) e a presidente do Sismmar, Ana Pagamunici, deve ocorrer na tarde da próxima quarta-feira. A Procuradoria do Trabalho de Maringá agendou uma audiência de mediação entre os dois lados. "Nós não interferimos e nem apontamos quem está com a razão", explica o procurador Fábio Aurélio Alcure. A reunião atende a um pedido do sindicato, que reivindica 16% de reajuste salarial. A prefeitura oferece 4,53% de aumento.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]