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Presidente critica preconceito durante a posse de juiz cego

Heliberton Cesca, especial para a Gazeta do Povo

A posse do desembargador Ricardo Tadeu da Fonseca no Tribunal Regional do Trabalho do Paraná (TRT-PR) foi marcada pelos discursos de combate ao preconceito.

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu ontem mais um sinal claro de que pretende apoiar o senador Osmar Dias (PDT-PR) ao governo do estado em troca de um palanque forte no Paraná para a candidatura presidencial da mi­­­nistra da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT). Convidou Osmar a participar de sua comitiva, que se deslocou de Brasília a Curitiba, onde Lula participou da posse do desembargador Ricardo Tadeu Marques da Fonseca no Tribunal Regional do Trabalho do Paraná (TRT-PR) – o primeiro cego do país a ser nomeado juiz (leia mais na reportagem abaixo).

"É a primeira vez que viajo com o presidente Lula no avião presidencial", disse Osmar. O convite para voar no AeroLula, revelou o senador, partiu do cerimonial do Palácio do Planalto.

Apesar da aproximação entre o PT e o PDT no Paraná, Osmar disse que preferiu não falar em eleição com Lula durante o trajeto. "É uma conversa que tem de ser mais reservada. Essa é uma viagem que reúne pessoas de todas as tendências partidárias", resumiu o senador. Além de Osmar, estiveram no avisão presidencial deputados federais do PT e o ministro do Pla­­­­nejamento, o paranaense Paulo Bernardo.

PT e PDT já têm uma agenda de reuniões políticas para costurar a possível aliança para 2010. Osmar ontem afirmou que sentiu o PT "mais entusiasmado e otimista" com a possível coligação.

A conversa de Osmar com o PT ficou mais afinada depois que o PSDB anunciou que lançaria um candidato próprio para disputar o governo do estado: o prefeito de Curitiba, Beto Richa, ou o senador Alvaro Dias, irmão de Osmar. A iniciativa dos tucanos, segundo pedetista, representa um rompimento com a aliança formada entre o PDT, o PSDB e outros partidos desde as eleições de 2004.

O pacto entre as legendas previa apoio de Osmar ao prefeito Beto Richa (PSDB) na disputa pela prefeitura de Curitiba (em 2004 e 2008) e o engajamento do tucano à candidatura do pedetista ao governo do estado em 2010.

Apesar do rompimento, o senador continua conversando com lideranças tucanas. Mas o tom mudou. "Conversei esses dias com o Beto e com o (Valdir) Rossoni (presidente do PSDB no Paraná) por telefone. Mas nada relacionado à aliança. Converso para manter o relacionamento e o respeito", afirmou Osmar.

Objetividade

Na visão da presidente do PT no Paraná, Gleisi Hoffmann, o rompimento com o PSDB de Richa tornou a conversa com Osmar mais objetiva. "Temos uma abertura maior. Recen­­­temente, nu­­­ma reunião informal em Para­­­naguá, ele (Osmar) disse que não tinha mais aliança, que simpatizava com a candidatura da Dil­­­ma e que queria conversar co­­­nos­­­co. E disse ainda que queria o PMDB junto", disse a petista, reconhecendo que vai ser uma tarefa árdua reunir o senador e o governador Roberto Requião (PMDB) no mesmo pa­­lanque.

O encontro entre Osmar e o governador Requião poderia ter ocorrido ontem, mas o peemedebista viajou ao interior e não prestigiou a visita de Lula a Curitiba.

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