Cunha (à esq.), de cabelo, e Cabral, de cabeça raspada| Foto: Montagem - Paulo Lisboa/Brazil Photo Press/Agência O Globo e Seap/Divulgação/Estadão Conteúdo

Apesar de ambos serem presos provisórios da Operação Lava Jato, pelo menos uma diferença separa o tratamento do ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB), preso no Paraná, do ex-governador Sergio Cabral (PMDB), preso no Rio de Janeiro. O tratamento dos presos no sistema prisional paranaense e fluminense diferem em pelo menos um ponto notável: o visual dos presos.

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Enquanto Cabral, o empresário Eike Batista e outros presos nos desdobramentos da Lava Jato no Rio de Janeiro precisaram raspar o cabelo, no Paraná, todos os presos da operação continuam com o mesmo visual.

No Rio de Janeiro, a determinação da Secretaria de Administração Penitenciária é que todos os detentos tenham o cabelo raspado e a barba aparada ao chegar às unidades prisionais. Segundo a assessoria de imprensa da secretaria, a medida vale para todos os detentos, por motivos de higiene e igualdade dentro das carceragens.

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Eike Batista também perdeu as madeixas no Rio de Janeiro 
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Cabral foi preso em novembro do ano passado na Operação Calicute - 37ª fase da Lava Jato. A operação foi conjunta entre a força-tarefa da operação do Paraná e a força-tarefa que apura os desdobramentos do caso no Rio.

Já Eike Batista foi alvo da segunda fase da Calicute no Rio, deflagrada em janeito. O empresário foi preso dias depois da deflagração, pela Polícia Federal, no aeroporto Tom Jobim, no Rio de Janeiro. A prisão ocorreu logo após o pouso de um avião da American Airlines que veio de Nova York.

Presos no Paraná

Já no Paraná, presos como Eduardo Cunha, o ex-ministro José Dirceu e outros investigados na Lava Jato não precisam cumprir a exigência. Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria de Segurança Pública do estado, apenas os presos que chegam ao sistema penitenciário através da Casa de Custódia de Piraquara são obrigados a raspar a cabeça, por questões de higiene.

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Os presos da Lava Jato no Paraná estão presos em uma ala do Complexo Médico Penal (CMP), em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. Desde 2014, a unidade prisional abriga investigados da operação, presos por ordem do juiz federal Sergio Moro. Figuras como os ex-deputados federais André Vargas (ex-PT e atualmente sem partido), Pedro Correa (PP) e Luis Argolo (SD), além do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto – que já foram condenados – estão entre os presos do CMP.