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Uma história, com duas versões bem diferentes, esquentou a campanha eleitoral em Ponta Grossa ontem e pode ser decisiva na disputa acirrada pela prefeitura da cidade. A coligação do candidato Sandro Alex de Oliveira (PPS) insinuou que a prefeitura estava comprando votos com o pagamento de faturas de água e energia elétrica e a chapa do prefeito Pedro Wosgrau Filho (PSDB) alegou que um prédio público foi invadido, com truculência, e que o atendimento à população foi prejudicado. A Justiça Eleitoral irá analisar o caso e decidir quem está certo.

O candidato a vice de Sandro Alex, Leopoldo Cunha Neto, disse que estava conversando com eleitores no Serviço de Obras Sociais (SOS) e notou uma pilha de faturas de serviços públicos em cima da mesa. Ele teria perguntado do que se tratava. "Vi que a atendente ficou muito nervosa, arrumou e guardou as faturas", contou. Ele relatou que achou "estranho" a prefeitura pagar contas de água e de luz, uma vez que as famílias carentes têm direito a isenção do pagamento, de acordo com o consumo. "Disseram que eu invadi. Mas é público e aberto à população. E todo mundo sabe que sou tranqüilo e educado", declarou.

No meio da confusão e do bate-boca entre correligionários das duas campanhas, o prefeito decidiu encerrar, por volta de meio-dia, as atividades na entidade assistencial. A primeira-dama e presidente do SOS, Maria Izabel Wosgrau, afirmou que gavetas foram abertas e que atendentes foram intimidadas. "Foi uma situação muito desagradável", lamentou. Ela disse que pessoas cadastradas na instituição, por vezes, têm as contas de água e luz quitadas. "Temos um plano de aplicação e esses pagamentos estão previstos", contou. Maria Izabel afirmou que algumas famílias não conseguem se enquadrar nos quesitos das tarifas sociais e que, mesmo assim, precisam de ajuda. Por mês, seriam gastos cerca de R$ 650 com pagamento de contas de energia elétrica. Ela ainda relatou que durante a campanha continuou a entrega das cestas básicas para as pessoas cadastradas no SOS. "Mas não estamos fazendo agora só. Já fazemos isso há quatro anos."

Averiguação

A Justiça Eleitoral foi acionada. Um mandado de averiguação foi expedido e o técnico judiciário Gillian Roberto Servat recolheu cerca de dez faturas e alguns cadernos de anotações no SOS. O caso será avaliado pelo promotor Carlos Alberto Baptista e pelo juiz Antonio Acir Hrycyna.

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