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O pré-candidato a governador Rubens Bueno (PPS) reafirmou que vai disputar as eleições de outubro mesmo que o seu partido decida fechar uma aliança nacional com o PSDB. A declaração foi dada ontem, logo após o anúncio oficial da desistência da candidatura à Presidência da República do deputado federal Roberto Freire (PPS-PE). No Paraná, qualquer coligação só será fechada se Rubens for o candidato do grupo.

Como os tucanos também têm pré-candidato a governador – o deputado federal Gustavo Fruet – as chances de uma aliança no primeiro turno são pequenas. Tudo indica que o PSDB e o PPS terão candidatos próprios ao governo do estado e devem se juntar só no segundo turno.

A direção nacional dos dois partidos discute a formação de uma aliança de oposição, mas ainda não definiu se será formal ou informal. Como a regra da verticalização obriga que as alianças nacionais sejam repetidas nos estados, uma união formal com o PSDB para apoiar o candidato a presidente tucano Geraldo Alckmin poderia diminuir a liberdade do PPS na hora de fechar as composições nos estados.

Segundo Rubens Bueno, que também é secretário-geral do PPS nacional, há uma tendência forte de liberar o partido nos estados. "Podemos dar apoio formal a qualquer candidato, sem coligação formal. O partido fica liberado, mas com uma linha de apoio", disse.

Mesmo estando livre para uma aliança oficial com o PSDB no Paraná, Rubens Bueno adianta que sua candidatura é irreversível, porque foi decidida durante congresso estadual no ano passado e confirmada na pré-convenção do partido em Curitiba há duas semanas.

Uma aliança só seria possível com Bueno na cabeça de chapa. Além do PSDB, o pré-candidato está buscando apoio do PFL, PTB, PAN e PSDC. "Tenho conversado com todos. Há dez dias entreguei um documento formal do partido ao PSDB com pontos programáticos, como o choque de gestão pública e planejamento estratégico de curto, médio e longo prazo. Podemos oferecer soluções para o pedágio, transgênicos e acabar com o nepotismo ", disse.

Tendência

Definir pela aliança formal ou informal é a próxima tarefa do partido. A bancada federal do PPS fez uma reunião ontem para discutir qual seria o melhor caminho. "A ampla maioria defende o apoio declarado ao candidato a presidente do PSDB, mas sem coligação formal", disse o vice-presidente do partido no Paraná, deputado federal Cézar Silvestri (PPS-PR).

Além de buscar aliados e estrutura para a campanha a governador, a preocupação do partido é obter o melhor desempenho possível na eleição proporcional para escapar da cláusula de barreira. A regra obriga os partidos a alcançar 5% dos votos válidos para a Câmara Federal. Se a lei estivesse em vigor na eleição passada, o PPS teria esbarrado na cláusula, perdendo recursos do fundo partidário e tempo de televisão. O partido fez 3,6% dos votos para deputado federal. No Paraná, o desempenho da legenda na proporcional foi melhor e chegou a 5,9%.

Roberto Freire decidiu retirar a candidatura argumentando dificuldade em viabilizar uma aliança de esquerda e a necessidade de superar a cláusula de barreira. A aliança com o PDT não avançou porque o partido insiste em candidatura própria. As alianças que o PPS vai fechar só serão definidas na convenção nacional, no dia 16. No Paraná, o partido realiza nos dias 28 e 29 o curso obrigatório de formação política para os pré-candidatos a deputado estadual e federal, e a convenção será em 30 de junho.

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