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Prefeitura de Curitiba renova contrato com ICI até o fim de 2016

Município enxerga contrato como ferramenta de transição, mas depende de empréstimo para reduzir dependência

Fachada do ICI: redução da influência do órgão na gestão municipal é considerada uma questão crucial para a Prefeitura | André Rodrigue/azeta do Povo
Fachada do ICI: redução da influência do órgão na gestão municipal é considerada uma questão crucial para a Prefeitura (Foto: André Rodrigue/azeta do Povo)

A prefeitura de Curitiba renovou por um ano contrato com Instituto Curitiba de Informática (ICI) para a prestação de serviços de tecnologia da informação (TI). O novo contrato, com vigência até dezembro de 2016, foi assinado no dia 22 e deve ser publicado em Diário Oficial na semana que vem. Paralelamente, a prefeitura corre contra o relógio para reduzir sua dependência do instituto – pressionada por decisão recente do Tribunal de Contas (TC).

O contrato é visto pela prefeitura como uma ferramenta de transição. Ele garante o funcionamento dos sistemas em operação em bases similares às atuais. Entretanto, algumas alterações importantes foram feitas. Cláusulas do contrato anterior que eram questionadas pela prefeitura foram retiradas, e parte dos códigos-fonte foi devolvida à prefeitura. A expectativa é que, ao final de 2016, projeto de reformulação da área de TI avance – o que permitiria uma mudança radical na relação entre as duas partes.

Reformulação

Desde 2013, a prefeitura busca reformular seu sistema de TI. Isso passa pela criação de novos sistemas, incluindo ferramentas de georreferenciamento e criação de processo eletrônico, e pela modernização do Data Center da prefeitura.

O município conta com empréstimo do BNDES, de R$ 76 milhões, para implementar estas medidas – outros R$ 8 milhões do caixa da prefeitura seriam investidos como contrapartida. Entretanto, por questões burocráticas, o dinheiro ainda não saiu de Brasília. Logo, é difícil saber quando isto sairá do papel

Esse programa reduziria radicalmente a influência do ICI sobre a prefeitura. Os novos serviços serão contratados por licitação, ou seja, não haverá a mediação do instituto nesse processo. Além disso, os novos programas devem absorver funções de sistemas geridos pelo instituto– incluindo o SGP e o GTM, principais programa utilizados pela administração municipal.

Política e pressão

A redução da influência do ICI na gestão municipal é considerada uma questão crucial pela gestão de Gustavo Fruet (PDT). Desde o início de sua gestão, a relação entre as duas partes é bastante conflituosa – incluindo questões como a propriedade dos códigos-fonte, atrasos no Refic, subcontratações de serviços e eleições de conselheiros.

Além disso, poucos dias antes da assinatura do contrato, o TC divulgou os resultados de uma auditoria feita no contrato anterior da prefeitura com o instituto. O relatório, de quase 2 mil páginas, lista quase 500 irregularidades presentes no contrato e em sua execução e conclui que o modelo atual é desvantajoso para o município. O TC determinou, ainda, que a prefeitura apresentasse um plano de ação para restabelecer a autonomia do município na área de TI.

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