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O presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), rebateu nesta terça-feira (18) o argumento do relator do mensalão, Joaquim Barbosa, de que houve compra de votos no esquema. Na tarde desta segunda-feira (17), Barbosa, relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou não haver dúvidas de que congressistas receberam dinheiro para apoiar, entre 2003 e 2005, o governo Lula no Congresso Nacional.

"Ontem (segunda) me chamou muita atenção o fato de voltar a essa tese com muita força do mensalão. Eu, por exemplo, acho isso uma grande falácia", afirmou Marco Maia.

"Não houve pagamentos mensais aos deputados do PT. Eles não tinham nenhuma necessidade de votarem com o governo. Há uma tentativa de se reforçar e reafirmar uma coisa que não é verdadeira que não condiz com a realidade", acrescentou o petista.

Na sessão do STF, Barbosa citou as reformas da previdência e tributária como os principais exemplos de votações "compradas" pelo PT no Congresso.Diante do avanço das condenações no processo do mensalão, Marco Maia revelou ter mudado de postura quanto ao acompanhamento do julgamento do processo.No início do mês de agosto, o petista chegou a dizer que "tinha muita coisa a fazer" ao invés de acompanhar o julgamento. Hoje, ele deixou escapar."Estamos acompanhando o processo de discussão do mensalão no STF e não há expectativa nenhuma. A expectativa toda é que se faça um julgamento mais justo possível", afirmou.

O petista também considerou como "absurda" a matéria publicada pela revista "Veja", na edição desta semana, em que o empresário Marcos Valério de Souza acusou o ex-presidente Lula de chefiar o mensalão.

"O advogado do cidadão Marcos Valério desmente as acusações e a revista mantém com se elas fossem verdadeiras. Na minha avaliação não há nenhum envolvimento do presidente Lula. E essa tentativa de trazê-lo para o debate é uma questão para tentar influenciar o processo eleitoral", disse Maia.

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