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O diretor-presidente da Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer), Frederico Fleury Curado, descartou nesta terça-feira (5) falha no transponder (equipamento que envia os dados relativos ao avião para outras aeronaves e para o centro de controle) do jato Legacy produzido pela Embraer, que colidiu no ar com um avião da Gol, matando 154 pessoas. Em depoimento à CPI do Apagão Aéreo da Câmara, ele garantiu que todos os equipamentos da aeronave estavam funcionando e considerou pouco provável que os pilotos norte-americanos tenham desligado o transponder inadvertidamente.

"Não há nenhuma indicação ou evidência que o transponder tenha apresentado defeito. O relatório da Polícia Federal conclui em sentido oposto, ou seja, não houve falha no equipamento. Temos que afastar qualquer afirmação de que houve problema com o transponder", afirmou.

O diretor da Embraer acrescentou que não há registro de falha no transponder na frota de Legacy produzida pela empresa. "Em termos da frota, mil aviões desta categoria estão em operação no mundo e não há registro deste tipo de falha. Desconheço qualquer registro de falha do transponder seja nesta aeronave ou em qualquer outra em operação", disse Frederico Curado.

Segundo ele, é "altamente improvável" que os pilotos do Legacy tenham desligado o equipamento inadvertidamente. "Tudo é possível, mas é altamente improvável, porque, para desligar o equipamento, o piloto tem que apertar duas vezes o mesmo botão", explicou.

O diretor da Embraer negou qualquer "anormalidade" no plano de vôo ou que os pilotos norte-americanos desconhecessem o funcionamento do Legacy.

"Se houvesse alguma anormalidade desta natureza, isso teria certamente saltado aos olhos. Estamos falando de pilotos certificados pela autoridade norte-americana para operar este tipo de equipamento", afirmou.

Análise preliminar da caixa-preta do Legacy levou a CPI do Apagão Aéreo a deduzir que os pilotos norte-americanos tinham pouco conhecimento sobre o funcionamento do jato da Embraer e recorreram ao funcionário da empresa que estava na aeronave, o que foi descartado por Frederico Curado.

A CPI também tomará o depoimento do diretor-presidente do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias, José Márcio Monsão Mollo.

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