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O presidente da Infraero, brigadeiro José Carlos Pereira, reafirmou nesta segunda-feira (30) que não sabe se continuará no cargo após a chegada de Nelson Jobim ao ministério da Defesa.

"Não sei de nada. Não tive nenhum contato ou informação", afirmou ao chegar para a reunião do Conselho Nacional de Aviação Civil (Conac).

Na noite de domingo (29), o ministro Jobim conversou com o ex-presidente do Banco do Brasil Rossano Maranhão. Ele é o mais cotado para substituir Pereira no comando da Infraero e tem o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A decisão ficará por conta de Jobim.

Adiada

A reunião, que deveria começar às 12h, foi adiada para as 17h desta segunda porque Jobim, que preside o Conac, encontra-se desde cedo no Palácio do Planalto, onde já conversou com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e outros ministros do governo.

O Conac é integrado por Jobim e pelos ministros da Casa Civil, da Fazenda, do Desenvolvimento, do Turismo e das Relações Exteriores, além dos presidentes da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) e da Infraero.

Reunião

Na reunião desta tarde, deve ser discutida a implementação das medidas já anunciadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para reduzir o movimento no aeroporto de Congonhas, ampliando as condições de outros aeroportos de São Paulo.

A primeira providência pode ser o início de reformas no aeroporto de Jundiaí, de modo a equipá-lo para que possa receber vôos de jatos particulares e de táxis-aéreos. Para isso, deve ser construída uma torre de controle e instalado equipamento que permite pousos em condições meteorológicas ruins, o chamado ILS – e o mais simples, o ILS-1.

O Conac deve discutir ainda as reformas nos aeroportos de Viracopos, em Campinas, e Cumbica, em Guarulhos. Em Viracopos, estuda-se a construção de uma nova pista de pouso e o terceiro terminal de passageiros em Cumbica.

O governador de São Paulo, José Serra, propôs ao governo federal a construção de uma terceira pista em Cumbica e de um trem de passageiros entre Guarulhos e São Paulo.

O conselho voltou a ganhar peso no governo depois do acidente com o avião da TAM no último dia 17 que matou cerca de 200 pessoas no aeroporto de Congonhas. O Conac tenta, por exemplo, intervir na Anac, desgastada com a crise no setor. No domingo, Jobim reuniu-se em sua casa com o presidente do órgão, Milton Zuanazzi.

Marta Suplicy

A ministra do Turismo, Marta Suplicy, disse nesta segunda-feira (30), ao chegar para a reunião do Conac, antes de ser adiada, que o setor hoteleiro do Nordeste foi o mais afetado com a crise aérea do país. "Nós sabemos que o setor foi duramente afetado, principalmente o hoteleiro do Nordeste. Caiu por volta de 25% no setor hoteleiro, e 10% e 15% em outros setores", disse.

Marta disse ainda que o remanejamento da malha aérea do país pode diminuir o número de passagens. Para ela, isso não será problema caso o caos nos aeroportos seja resolvido. "É melhor não poder embarcar num dia, no dia que você deseja, mas no dia seguinte e saber que naquele dia você chega lá e embarca na hora combinada".

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