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O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Roberto Busato, criticou, em nota, a reação de parte da magistratura ao fim do nepotismo no Judiciário. Segundo Busato, "a contratação desregrada de parentes pode acobertar prática de atos de corrupção" . Ele reforçou a postura da OAB contrária à essa prática e lembrou que recentemente a entidade lançou uma campanha contra a contratação de parentes de autoridades nos três poderes.

- O combate ao nepotismo sempre foi uma bandeira da Ordem dos Advogados do Brasil. O problema maior é que atrás do nepotismo está a corrupção. Colocando parentes, que são pessoas intimas, em cargos de confiança, consegue-se acobertar a prática de atos de corrupção - afirmou Busato.

Na nota, ele alerta ainda para "a forma mais cruel de nepotismo", que é o chamado nepotismo cruzado, onde a contratação de parentes é acertada com autoridades de outros poderes.

- O nepotismo é um mal que perdura há muito tempo em todo o Brasil, como tantos outros que afligem o brasileiro. É uma negativa do princípio da moralidade, da transparência e da qualidade, de tudo o que o poder público deve realmente preservar. Não é possível mais que persista, no Brasil, uma prática tão nefasta, retrógrada e contrária à modernidade - observou.

Segundo Busato, a OAB vai continuar aprofundando a discussão desse tema, da mesma forma que tem encaminhado os debates sobre "a adoção desenfreada de medidas provisórias, da inconstitucionalidade do salário-mínimo brasileiro e tantas outras mazelas que prejudicam o país e a cidadania".

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