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O presidente da seccional do Amapá da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/AP), Ulisses Trasel, afirmou neste domingo (12) que não é necessário um pedido de intervenção federal no estado.

Na sexta-feira (10), foram presos pela "Operação Mãos Limpas" da Polícia Federal o governador do estado, Pedro Paulo Dias (PP), e mais 17 investigados, entre políticos, secretários, funcionários públicos e empresários. Todos são acusados de participar de um esquema de desvio de recursos públicos no estado.

"Entendo que não cabe o pedido de intervenção, o presidente do Tribunal de Justiça tem previsão legal para assumir e não há porque ter intervenção", disse Ulisses ao G1.

O escândalo no Amapá foi além do Executivo com a prisão do presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE-AP), Júlio de Miranda, e a "condução coercitiva" para prestar depoimento na sexta-feira (10) do presidente da Assembleia Legislativa, Jorge Amanajás (PSDB), que é candidato ao governo, e do prefeito de Macapá, Roberto Góes (PDT), que foi citado em um grampo telefônico da operação.

Amanajás e Roberto Góes não chegaram a ser presos. Diante dos fatos, desde sexta responde pelo governo do estado o desembargador Dôglas Evangelista Ramos, que em entrevista ao G1 defendeu a volta do governador preso ao poder.

O presidente da OAB do Amapá, no entanto, não quer manifestar opinião sobre o caso: "Sobre juízos de valor eu prefiro não me manifestar porque a OAB participa deste processo como fiscalizadora." Ele afirmou que a entidade não vai se envolver em nenhuma manifestação, seja ela contra ou a favor de Pedro Paulo.

Ulisses afirmou que a preocupação da OAB é com a legalidade das investigações conduzidas pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) e disse apenas que recebeu com "felicidade" a constatação de que os órgãos de controle estão combatendo a corrupção e a impunidade no Amapá.

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