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O ex-ministro da Ciência e Tecnologia e presidente do PSB, Roberto Amaral, entrou com representação no Conselho de Ética da Câmara contra o deputado Fernando Gabeira (PV-RJ), um dos sub-relatores da CPI dos Sanguessugas, por ter acusado o PSB de ter se beneficiado coletivamente das irregularidades que estão sendo investigadas pela Polícia Federal.

- O Fernando Gabeira é um mau-caráter. Eu vou processá-lo. A honra das pessoas não pode ser mercadoria para obter votos. O Gabeira precisa acabar com esse negócio. Não pode ser assim. Ele precisa de três votos e alguns minutos na televisão para se reeleger e sai atacando a honra alheia - criticou Roberto Amaral.

A irritação de Amaral não se devia apenas à tentativa de envolver o PSB no escândalo, mas à intenção de Gabeira de colocá-lo entre os suspeitos. Amaral, que foi ministro de Ciência e Tecnologia de janeiro de 2003 a janeiro de 2004, disse que o Programa de Inclusão Digital foi lançado em março de 2004.

Após protocolar a representação, Amaral tirou satisfações de Gabeira, com quem encontrou-se na saída da sala do presidente da CPI, o deputado Antônio Carlos Biscaia (PT-RJ).

- Você não sabia que eu não era mais ministro na época em que foi lançado o programa? Vou processá-lo - disse Amaral, que pretende apresentar uma queixa-crime contra Gabeira no Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quarta-feira.

Gabeira, que estava falando num telefone celular, não deu atenção a Amaral e manifestou sua descrença em qualquer punição judicial, caso efetivamente ele tenha cometido um erro ao levantar suspeitas sobre o ex-ministro.

- Estou no telefone. Não posso falar agora. Mas pode processar que é perda de tempo - respondeu Gabeira.

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