Na semana em que começa oficialmente a campanha eleitoral, o governador Roberto Requião (PMDB), candidato à reeleição, estará afastado do estado. Ele passou o cargo de governador ontem para o presidente do Tribunal de Justiça do Paraná, desembargador Tadeu Marino Loyola. Segundo informações do Palácio Iguaçu, Requião se licenciou do governo até o dia 10 de julho para viajar à Argentina, onde vai se encontrar com empresários e tratar de acordos comerciais entre o Paraná e a província de Córdoba.

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O secretário-geral do PMDB, Luiz Cláudio Romanelli, disse que ficou sabendo da viagem de Requião apenas ontem, em uma conversa com o vice-governador Orlando Pessutti. Embora surpreso, Romanelli não acha que o afastamento de governador possa atrapalhar o início da campanha eleitoral, que começa na quinta-feira.

Requião deve aproveitar a licença para descansar, após uma jornada de duas semanas de inauguração de obras e viagens pelo interior do estado. Há dez dias, na convenção estadual do PMDB, o governador teria passado mal por causa de uma crise de hipertensão e estresse.

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A transmissão do cargo foi feita para o presidente do TJ para evitar problemas com a Justiça Eleitoral. "Orlando Pessutti (vice-governador) e o presidente da Assembléia Legislativa, Hermas Brandão, deixam de assumir o cargo em função da legislação eleitoral, de questões relacionadas à disputa da próxima eleição para o governo do estado", disse Requião. "Agradeço a confiança que me deposita o governador do Paraná", disse Loyola.

A atitude do governador em repassar o cargo ao desembargador é um indício de que o PMDB ainda não está certo de que o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) aceitará a coligação com o PSDB, mantendo o tucano Hermas Brandão como vice na chapa de Requião. Orlando Pessutti só será candidato, no lugar de Hermas, se a aliança não se confirmar.