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O presidente interino da Câmara Legislativa do Distrito Federal, Cabo Patrício (PT), disse nesta sexta-feira (22) que vai pedir à Polícia Federal que mantenha o depoimento do ex-secretário de Relações Institucionais do DF, Durval Barbosa, para a próxima terça-feira (26), como parte das investigações da CPI da Corrupção. A comissão foi dissolvida na quinta (21), com o argumento de que a decisão judicial que afasta oito deputados das investigações abrangeria também a CPI.

"Vou oficiar à Polícia Federal que a decisão não atinge o depoimento", disse. De acordo com Patrício, o requerimento foi assinado pelos 24 deputados. Se as oito assinaturas dos deputados supostamente envolvidos fossem retiradas, ainda sobrariam 16 – e são necessárias oito para a abertura da CPI, o que não invalidaria nenhum dos trabalhos da comissão.

A partir da próxima segunda-feira (25), voltam os trabalhos do plenário, após uma convocação feita por Patrício. Caso os deputados não indiquem novos membros para a CPI, afirmou o presidente, ele mesmo vai indicar os ocupantes dos cargos. Não poderão participar do processo os oito deputados citados na decisão judicial de quarta-feira (20).

Durval Barbosa denunciou, em troca dos benefícios da delação premiada, um suposto esquema de distribuição de propina a aliados do governador do DF.

O escândalo que envolve o governador José Roberto Arruda (sem partido), o presidente afastado da Câmara Legislativa, Leonardo Prudente, e outros parlamentares e empresários começou no dia 27 de novembro, quando a Polícia Federal deflagrou a operação Caixa de Pandora. No inquérito do Superior Tribunal de Justiça (STJ), o governador Arruda é apontado como o comandante de um esquema de distribuição de propina a deputados distritais e aliados. Repasses de dinheiro foram registrados em vídeos e entregues à PF por Durval Barbosa.

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