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A Polícia Federal prendeu ontem cinco pessoas que davam golpes em pequenos empresários e fazendeiros usando o nome de políticos fictícios. Foram presos Elias José da Silva, André Cordeiro de Arruda e Raimundo Mendes Rodrigues dos Santos, os três em Brasília; Miguel Carlos da Costa, em Uberaba (MG); e Regina Jorge Domingos, em São Paulo. A quadrilha usava os nomes dos fictícios "senador Guimarães" e "deputado Doutor Ronaldo" para enganar suas vítimas, trocando dinheiro falso por verdadeiro.

Para persuadir os incautos, os estelionatários diziam ter sobras de caixa dois de campanha eleitoral e precisavam "lavar" o dinheiro. Em troca da ajuda, ofereciam R$ 3 de dinheiro sujo para cada R$ 1 limpo recebido, daí o nome da operação, "três por um". O golpe teria dado um lucro de R$ 4 milhões à quadrilha, que começou a atuar no Distrito Federal e Entorno, depois estendendo sua atuação a Goiás e outros estados. Os cinco presos vão responder por formação de quadrilha e estelionato. Ainda há mandados de prisão a serem cumpridos.

Normalmente, os encontros para troca do dinheiro falso pelo verdadeiro se davam em hotéis e restaurantes de Brasília. Os estelionatários entregavam valises com o dinheiro falso e recebiam outra com o verdadeiro. Para terem tempo de fugir, os criminosos botavam notas verdadeiras de R$ 50 e R$ 100 na parte de cima do maço de dinheiro e, por baixo, as notas falsas. Aliás, para enganar as vítimas eles nem se davam ao trabalho de falsificar notas. Eram impressões rudimentares com uma faixa no meio e a inscrição "sem valor".

A quadrilha já vinha sendo investigada há vários meses. Em fevereiro, os jornais chegaram a publicar matérias dando conta do golpe. Na época, foram feitas buscas e apreensões nas casas de Elias José da Silva e de outras três pessoas que não figuram entre os presos. O inquérito foi concluído recentemente e a Justiça concedeu os mandados de prisão.

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