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Mais de 200 pessoas continuam sob o poder de detentos rebelados desde domingo no Presídio Urso Branco, em Porto Velho, Rondônia. Por celular, os amotinados disseram já ter matado dez dos 203 reféns, que são parentes dos próprios presos, e chegaram a exibir os corpos de dois deles, envoltos em lençóis, do alto da caixa d`água do presídio. Nenhum corpo, no entanto, foi entregue à polícia. O secretário de Segurança Pública de Rondônia, Renato Eduardo de Sousa, afirmou que ainda não há nenhuma prova da execução.

- Ainda não há nada confirmado. Analisamos as imagens de um dos supostos corpos exibidos e nos parece um blefe.

A Secretaria de Administração Penitenciária do estado informou que os amotinados fizeram novas exigências para liberarem os reféns. Primeiramente, os presos pediam a volta do assaltante Edinildo Paula de Souza, o Birrinha, de 27 anos, que fora transferido da penitenciária. Os presos agora querem também a saída do promotor de Justiça Amadeu Sikorski Filho, da Vara de Execuções Penais de Porto Velho, além de atendimento médico e redução do número de detentos nas celas.

Segundo o site "Rondoniagora", as autoridades disseram que só vão atender às exigências dos presos quando os reféns estiverem a salvo. De acordo com o site, o secretário da Segurança, Renato Eduardo de Souza, afirmou que o estado já cedeu demais ao concordar com a transferência do assaltante. De acordo com o secretário, Birrinha só vai retornar a Urso Branco depois da liberação dos reféns. Um efetivo de 80 policiais está de plantão em frente ao presídio.

Os detentos aproveitaram as visitas de Natal, no domingo, para fazer os reféns, que são parentes dos presos. A maioria é formada por mulheres e crianças. Segundo a polícia, os rebelados destruíram as grades das celas e estão fortemente armados. Mesmo sendo familiares, os amotinados ameaçaram jogar os reféns do alto da caixa d'água.

Birrinha seria um dos líderes da facção que controla o Urso Branco e está condenado a mais de cem anos de prisão por diversos crimes, entre eles homicídio, latrocínio, roubo e tráfico de drogas. Ele foi transferido, na última quinta-feira, para o presídio de Nova Amoré, a 200 quilômetros da capital. O bandido foi levado para Porto Velho no início da noite de segunda-feira, já atendendo a parte da reivindicação dos amotinados.O bandido é apontado como o chefe de uma sangrenta rebelião que deixou 14 mortos, no presídio Urso Branco, em abril de 2004. Ele foi acusado, na ocasião, de decapitar quatro presos, cujas cabeças foram expostas no alto do presídio. No final de 2002, a unidade foi palco de outra rebelião sangrenta, com 27 mortos.

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