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Atualizado em 16/06/2006 às 19h05

Os cerca de 740 presos amotinados na Casa de Passagem, no Complexo Penitenciário em Vila Velha, no Espírito Santo, voltaram a ameaçar os reféns. Um agente penitenciário foi pendurado de cabeça para baixo do alto do prédio e agredido com socos na barriga. Uma assistente social foi exposta pelos presos, amarrada. Os rebelados puseram fogo no andar superior do complexo penitenciário. Presos e reféns gritam pedindo água, comida e remédios. Um detento morreu asfixiado no início do motim e quatro conseguiram escapar se jogando do prédio.

Pelo menos seis pessoas são mantidas reféns pelos cerca de desde a tarde de quarta-feira. Segundo o Batalhão de Missões Especiais (BME) da Polícia Militar, não há um líder na rebelião, o que dificulta as negociações.

Os rebelados jogaram fora o rádio com que era feito o contato com o Batalhão de Missões Especiais (BME) e exigem falar com autoridades do governo estadual. Eles reivindicam a transferência dos presos que estão na sede da Polícia Federal. Dois deputados tentam ajudar nas negociações.

A rebelião na Casa de Passagem de Vila Velha, que começou às 14h de quarta-feira, já é a maior dos últimos cinco anos. A mais longa rebelião no complexo Penitenciário aconteceu em 1997 e durou 105 horas.

Negociações

Reiniciadas por volta das 8h desta sexta-feira, as conversas com detentos voltaram a ser interrompidas cerca de duas horas depois, quando um preso foi pendurado em uma corda feita com lençóis do alto da unidade por outros detentos. O preso ainda foi agredido por rebelados até ser novamente suspenso e levado de volta para dentro do presídio. Por meio de um telefone celular clonado, um detento informou que o homem ameaçado é acusado de estupro e seria jogado do alto do prédio porque os policiais haviam ameaçado invadir o complexo penitenciário. A PM nega que pretenda entrar na unidade.

No fim da manhã, um detento se jogou do prédio. De acordo com informações da Polícia Militar, o preso se atirou de uma altura de aproximadamente 10 metros. Consciente, foi encaminhado para o Hospital São Lucas, em Vitória. Esse é o quarto preso que pula do pátio de banho de sol, desde o início da rebelião na unidade na quarta-feira. Os presos seriam de facções rivais às dos amotinados.

Cerca de 50 homens do Batalhão de Missões Especiais estão nas proximidades da Casa de Passagem, além da frota da Polícia Militar que está de prontidão reforçando o policiamento.

No fim da manhã, um detento se jogou do prédio. De acordo com informações da Polícia Militar, o preso se atirou de uma altura de aproximadamente 10 metros. Consciente, foi encaminhado para o Hospital São Lucas, em Vitória. Esse é o quarto preso que pula do pátio de banho de sol, desde o início da rebelião na unidade na quarta-feira. Os presos seriam de facções rivais às dos amotinados.

No início da noite desta quinta-feira, após várias horas de negociação, os presos rebelados liberaram um refém. É uma senhora evangélica de 68 anos, identificada como Maria Alves do Carmo, que faz trabalho social no presídio.

No início do tumulto, por volta das 14h desta quarta-feira, o preso José Humberto de Alencar, de 46 anos, morreu asfixiado pela fumaça causada após incêndio de colchões e demais objetos nas celas. O detento foi condenado a 13 anos de prisão por estelionato. Ele tinha marcas de queimaduras pelo corpo.

Desde o início da rebelião dois ônibus já foram queimados na Grande Vitória. Os ataques aconteceram em menos de 24 horas. A polícia não confirma se existe relação entre os atentados e o motim de presos.

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