Presos de uma penitenciária de Presidente Prudente, no interior do Estado, foram roubados dentro do presídio. Sumiu o equivalente a R$ 40 mil. Os suspeitos são funcionários da cadeia. O dinheiro vem do trabalho que cerca de 500 presos fazem dentro do presídio e podem render até um salário mínimo por mês.

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Quem contrata o serviço deposita o dinheiro na conta do preso, que é controlada por funcionários do presídio. O furto foi descoberto depois que um grupo de presidiários recebeu autorização para passar o fim de ano com a família, mas na hora de comprar as passagens de ônibus descobriram que não havia dinheiro e que faltavam R$ 3.700.

Oito funcionários do presídio são investigados. Documentos mostram as fraudes. Um saque de R$ 98,00 virou R$ 198,00. Um dos presos teve sua assinatura falsificada num saque de R$ 600.

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Foram seis anos de furto seguidos e o golpe rendeu cerca de R$ 40 mil, o equivalente a dois meses de salários de todos os presos.

A investigação já dura dois anos e deve terminar sem apontar os ladrões. O promotor Jurandir José de Souza afirmou que, neste caso, quem terá de repor o dinheiro é o Estado. Ou seja, os contribuintes. A Secretaria de Administração Penitenciária não quis comentar o caso e disse que a investigação é sigilosa e que, se apontados os culpados, eles serão demitidos. Quatro dos oito funcionários suspeitos continuam trabalhando no mesmo presídio.