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Tanto ruralistas quanto o PMDB e parlamentares ligados ao MST pressionam o ministro da Agricultura, o peemedebista Reinhold Stephanes, na questão da revisão dos índices de produtividade do campo. "O ministro já se comprometeu a ficar contra essa ideia absurda. Se ele assinar a proposta, vai ter de deixar o partido", disse ontem o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, deputado Valdir Colato (PMDB-SC).

Do outro lado, o presidente da Frente Parlamentar da Terra, o deputado paranaense Dr. Rosinha (PT), segue o raciocínio inverso, mas com o mesmo efeito. "O Stephanes é ministro de um governo que tomou uma decisão: vai atualizar os índices. Se ele não quiser concordar com isso, é melhor pedir demissão."

Em agosto, o ministro havia garantido que se demitir estava "fora de cogitação". Ele confirmou que havia recebido um pedido de Lula para assinar a portaria interministerial que aumenta os índices de produtividade, mas que o apelo não se tratava de uma ordem irrevogável. Para o MST, entretanto, Stephanes terá de ceder.

"O governo já sabia da posição do ministro. Mesmo assim, anunciou que faria a atualização dos índices. Não existe nenhuma novidade no posicionamento do ministro e da bancada ruralista, que se constituem como um setor isolado na sociedade", disse um dos coordenadores nacionais do MST, José Batista de Oliveira.

Para o deputado paranaense Abelardo Lupion (DEM), um dos fundadores da bancada ruralista no Congresso, Stephanes corre o risco de ser "satanizado" pelos agricultores paranaenses caso apoie a mudança. Ele também prevê um futuro sombrio para a discussão após as últimas declarações de Lula. "É algo irresponsável, feito por um presidente que quer semear ódio e colocar fogo no campo."

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